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Centrais reforçam campanha da jornada
Por Luciele Velluto
Do Diário do Grande ABC
14/04/2008 | 07:00
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As centrais sindicais anunciam nesta segunda-feira novas ações para intensificar a campanha pela redução da jornada de trabalho sem diminuição dos salários. As entidades estudam para o dia 28 de maio o Dia Nacional de Luta, que deve mobilizar diversas categorias pela causa.

O dia deve coincidir com o mesmo que as centrais planejam entregar o abaixo-assinado ao Congresso Nacional, que servirá de instrumento de pressão para que os parlamentares discutam a possibilidade de diminuir a carga de trabalho legal no País para 40 horas semanais – hoje de 44 horas.

No dia 28 devem ocorrer manifestações, protestos, paralisações e diversas outras ações em todas as classes em várias regiões do País. Confederações, federações e sindicatos já estão articulando o movimento.

As entidades querem mostrar a capacidade de mobilização para pressionar o governo pela redução da jornada, que, segundo um levantamento do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos), pode gerar cerca de 2 milhões de empregos no Brasil.

No entanto, o abaixo-assinado – que pretende colher mais de 1 milhão de assinaturas e foi sugestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva – não deve ser encerrado no dia 1º de Maio como era previsto.

Segundo o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, no Dia Mundial do Trabalho se espera colher o máximo de assinaturas, mas não deve ser o prazo final. “Devemos passar um pouco desse dia, talvez até o próprio dia 28”, comenta.

Efeito - A campanha das entidades – lançada na última marcha das organizações sindicais em Brasília, no final do ano passado – já começou a fazer algum efeito no Congresso. No final de março, a Câmara dos Deputados realizou uma audiência pública a pedido da Comissão de Trabalho para debater a redução da jornada. Na reunião participaram representações não só dos trabalhadores, mas dos empregadores e gestores públicos.

Apesar de não ter chegado a uma conclusão definitiva, a audiência iniciou um debate mais amplo sobre a relação da jornada com a abertura de vagas de trabalho no País, colocando as divergências dos setores em aberto.

“Agora queremos que seja montada uma comissão especial que fará todo o levantamento sobre a questão”, explica Paulinho.



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