O momento não é bom para os produtos agrícolas brasileiros no mercado internacional, mas para o açúcar a história é diferente, já que o setor sucroalcooleiro não sentiu os efeitos da valorização do real. Neste ano, o produto atingiu a maior cotação dos últimos 28 anos. De janeiro a outubro, o preço da commodity subiu 126%.

Mas a quebra da safra da Índia, segundo maior produtor mundial de açúcar, atrás apenas do Brasil, foi o fator responsável pela valorização da commodity. Além de problemas na fabricação, a Índia também se tornou um importador."O açúcar está com margem boa. Mas não pode depender apenas de fatores externos", conta o economista da SRB (Sociedade Rural Brasileira), André Diz.

Ele diz que o atual momento é ruim para a soja e para as carnes. "Os destinos das carnes brasileiras são mercados que não pagam muito, por isso as margens são pequenas."