Economia Titulo Moradia
Aluguel residencial fica mais caro em janeiro
Por Bárbara Ladeia
Do Diário do Grande ABC
14/02/2009 | 07:00
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Depois do chamado boom imobiliário fica cada vez mais difícil encontrar imóveis disponíveis para a locação. A falta de oferta para a alta demanda já gerou pressão sobre os preços, que subiram 0,9% na capital paulista entre janeiro e dezembro, segundo levantamento do Secovi-SP, Sindicato da Habitação de São Paulo.

"É uma tendência que vem sendo mostrada há cerca de dois anos", afirma Roberto Akazeawa, do departamento de economia e estatística do Secovi. Com as grandes facilidades oferecidas para o crédito imobiliário em meados de 2007, a compra de um imóvel se tornou tão comum quanto o aluguel. Com isso, imóveis que eram utilizados para a locação foram vendidos e hoje restam poucas unidades para essa modalidade de contrato. "Estamos reocupando um imóvel a cada 12 dias", lembra.

No Grande ABC não foi diferente. Segundo imobiliárias da Região, nos últimos dois anos a alta já soma 50% e as expectativas ainda não falam sobre redução. "Os apartamentos e casas que forem desocupados, voltarão ao mercado mais caros", ressalta Oksana Cvujko, gerente de locação da Pinotti, imobiliária que atende Santo André e São Bernardo.

Oksana afirma que boa parte dos locatários não conseguem comprar imóveis por serem autônomos ou terem alguma limitação para a contração de financiamentos. "Hoje em dia, só quem não pode financiar que prefere alugar, porque não dá para pagar um imóvel a vista."

Patrícia Rosangela Bernardino, da Millenium, imobiliária de São Caetano já sentiu o aumento nos preços de locação neste ano. "Os proprietários estão jogando o preço lá em cima e, ainda assim, alugam", afirma. Para ela, a construção de prédios no lugar de outros imóveis também impulsiona a demanda. "Quem vendeu os imóveis para as construtoras e ainda não encontraram uma nova moradia, estão em busca de casas e apartamentos para viver enquanto procuram outra oportunidade."




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