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Queda das ações irrita investidores novatos
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05/10/2008 | 07:07
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A tarefa dos consultores de finanças nos últimos meses não tem sido das mais fáceis. Se já não bastasse a pesada rotina do dia-a-dia, eles ainda precisam atender - com paciência - investidores irritados com as sucessivas quedas do Ibovespa (Índice da Bolsa de Valores de São Paulo). "A pessoa que está intranqüila, com raiva, mostra que não estava preparada para investir em Bolsa", diz a sócia da BankRisk Consultoria e Treinamento, Marcia Dessen.

Segundo ela, cometeu um erro quem aplicou um dinheiro que estava comprometido com outra despesa. "Ação é investimento de longo prazo", reforça o coordenador do Centro de Estudos em Finanças da Fundação Getulio Vargas, William Eid Júnior.

O desempenho do Ibovespa entre 2003 e 2007, período em que se valorizou 467%, encorajou muitos brasileiros a experimentar o mercado acionário. No fim de 2002, eram 85,2 mil as pessoas físicas na Bolsa. Em junho deste ano, 516,8 mil. Portanto, a crise originada nos Estados Unidos é a primeira de milhares de pioneiros. Na avaliação de Marcia, o momento ao menos está servindo para educar essas pessoas. "Infelizmente, só aprendemos a lição quando dói".

As dicas dos especialistas para aqueles que compraram ações e estão perdendo dinheiro variam. Para os que não têm pressa para resgatar os recursos, a recomendação é esperar, porque a tendência de longo prazo para o mercado acionário é de alta. Quem tem compromissos inadiáveis no curto e médio prazos terá, provavelmente, de se conformar com algum prejuízo. As perspectivas para as Bolsas no Brasil e no mundo não são das melhores nos próximos meses.

Para quem não tem paciência, os especialistas recomendam aplicações em fundos DI ou de renda fixa, caderneta de poupança, títulos públicos diretamente do Tesouro Nacional e CDBs de grandes instituições financeiras.




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