A movimentação para escolha do próximo presidente da Câmara de São Bernardo está intensa nos bastidores do Legislativo. Blocos de vereadores aliados do prefeito Luiz Marinho (PT) já se formam e há, inclusive, disputa na base governista para definição do candidato que terá bênção da administração na eleição interna. Hoje há três candidaturas especuladas somente entre os apoiadores da administração.

Essa briga pelo posto já causou a implosão do G-12, grupo de 12 parlamentares situacionistas criado no ano passado e que ameaçava a governabilidade do chefe do Executivo na Casa.

A bancada se dividiu. Agora há bloco dos partidos PSD e DEM e, do outro lado, ala liderada pelo vereador Ramon Ramos (PDT), atualmente vice-líder do governo Marinho na Câmara – com adesão do PTdoB, PCdoB e PSB.

Entre os situacionistas ainda há possibilidade de candidatura do PT à presidência do Legislativo. Com oito parlamentares, a sigla não abre mão de continuar liderando a Câmara – hoje Tião Mateus (PT) preside os trabalhos. Ao lado dos petistas estão vereadores como Reginaldo Burguês (DEM) e Gilberto França (PMDB).

No meio do fogo cruzado governista, a oposição tende a se tornar fiel da balança. Atualmente com sete componentes (PPS, PSDB e Solidariedade), o bloco ganha força extra se as três candidaturas oriundas de apoiadores de Marinho se concretizarem.

Em princípio, a oposição deve lançar nome próprio à disputa legislativa. Mas já há oposicionistas que não descartam composição, principalmente se houver indicação para cargos de destaque na mesa, como primeira secretaria ou vice-presidência.