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Terreno invadido pelo MTST será comprado por R$ 13 milhões

Aquisição será concretizada na primeira semana de janeiro; área será paga por Caixa e Prefeitura

Por Cadu Proieti
Do Diário do Grande ABC
31/12/2013 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


O terreno particular localizado no Jardim do Estádio, em Santo André, que ficou ocupado pelo MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) por um ano e oito meses, será comprado pela Prefeitura e Caixa Econômica Federal por R$ 13 milhões, segundo o secretário de Planejamento Urbano e Habitação do município, Paulo Piagentini. A administração municipal investirá cerca de R$ 4 milhões e o restante do valor será quitado pela instituição bancária pública. A expectativa é selar a aquisição do espaço na primeira semana de janeiro.

Na área, serão construídas 930 unidades habitacionais pelo programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal, sendo que um terço delas serão repassadas para os militantes do movimento em prol de moradia e dois terços serão entregues para munícipes de outras regiões, que constam na lista de espera por habitação da administração municipal. “Por isso, a Prefeitura está entrando com esse valor para compra do terreno”, explicou o secretário.

De acordo com o titular da Pasta, a expectativa é começar a construção dos apartamentos no primeiro semestre de 2014. “Já foi feita a liberação da área e a previsão é iniciar as obras no ano que vem”, declarou Piagentini.

HISTÓRICO

O terreno no Jardim Adriático foi invadido pelo MTST em março do ano passado. Inicialmente, cerca de 1.000 famílias ocuparam a área. O proprietário do espaço, o empresário Flavio Barone Pereira, entrou com pedido de reintegração de posse na Justiça logo após a invasão. No entanto, a ordem para remoção dos militantes teve vários adiamentos. Com o possível despejo, muitas pessoas abandonaram o acampamento.

Em novembro, o movimento entrou em acordo com a Prefeitura, Caixa Econômica Federal e governo do Estado e decidiu sair da área com a garantia que 209 famílias que viviam no local recebessem bolsa-aluguel. O benefício de R$ 465 mensais será pago até que os moradores sejam contemplados com unidades habitacionais que serão erguidas no local.

Um dos motivos que acelerou o processo para a desocupação do terreno foi o incêndio que aconteceu em agosto, que matou uma pessoa, deixou um ferido e destruiu oito barracos. Após o acidente, a administração municipal intensificou trabalho para remoção das famílias da área. 




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