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Líder sindical diz que não se entrega à justiça venezuelana
Da AFP
20/02/2003 | 14:35
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O líder sindical venezuelano Carlos Ortega assegurou nesta quinta-feira que não se entregará à justiça, depois que teve a prisão pedida por um tribunal junto ao presidente da cúpula empresarial Carlos Fernández - já detido -, com quem dirigiu uma greve de 63 dias contra o presidente Hugo Chávez.

Um juiz venezuelano confirmou nesta quinta que determinou a prisão do presidente da associação empresarial Fedecâmaras, Carlos Fernández - já detido, segundo as emissoras de tevê - e de Ortega.

"Ontem (quarta-feira) o tribunal tomou a decisão de ditar uma medida privativa de liberdade contra Carlos Fernández e Carlos Ortega por delitos de rebelião, traição da pátria, instigação para delinqüência e depredação", afirmou o juiz Maikel José Moreno.

Fernández foi detido na noite desta quarta-feira quando se encontrava em um restaurante do sudeste de Caracas, informaram seus advogados, mas as autoridades ainda não confirmaram a notícia.

A vice-presidente da cúpula empresarial venezuelana, Fedecâmaras, Alvis Muñoz, por sua vez, classificou de "seqüestro" a prisão de Carlos Fernández e denunciou que não foi permitido ainda nenhum contato do detido com seus familiares e advogados.

Fernández e o presidente da Confederação de Trabalhadores da Venezuela (CTV), Carlos Ortega, foram os líderes da greve que teve início em 2 de dezembro de 2002 e durou até o último dia 2, causando transtornos para a indústria petroleira nacional.

"Se o presidente Carlos Fernández é responsável por ter liderado (...) a greve (...), então todos os venezuelanos devem ir para a cadeia, todos os empresários, todos os trabalhadores e todo o povo que saiu às ruas para protestar", afirmou Muñoz à Globovisión.




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