A Prefeitura de Santo André assinou ontem a ordem de serviço para o início das obras do hospital público veterinário, em área contígua à Sabina Escola Parque, na Vila Eldízia. Também será construído o quinto pet parque da cidade, que será instalado na área que abrigava a comunidade da Gamboa.

 A previsão é a de que as obras, que começam na próxima semana, sejam concluídas em 12 meses. Serão investidos na construção do hospital veterinário R$ 2,3 milhões, recursos do CMPU (Conselho Municipal de Planejamento Urbano). Para o pet parque serão destinados R$ 800 mil em recursos municipais. 

 O prefeito Paulo Serra (PSDB) destacou que o hospital veterinário será o primeiro do Grande ABC e dá início a uma política de cuidado animal do ponto de vista da saúde. “Um equipamento que vai atender à população mais carente, ajudar a recuperar os animais da zoonose e proporcionar que eles possam ser adotados”, pontuou o tucano. “Empatia é uma palavra que é tão usada e a gente pode dizer que esse equipamento vai ofertar isso para as famílias carentes, para os seus animais, e define bem o que Santo André quer ser enquanto cidade”, completou.

 Paulo Serra afirmou que o pet parque próximo do Parque Central confirma a vocação do espaço, que já recebe grande número de cães e seus donos. “O andreense gosta muito de parques e a gente percebe que cada um tem a sua vocação. O Celso Daniel (no bairro Jardim) é muito usado para práticas esportivas, o Ipiranguinha (Vila Alzira) recebe muito a terceira idade. E aqui a gente tem essa grande presença de cães, por isso esse será o maior dos pet parques que já implantamos”, concluiu. 

 Durante o período de obras será definida qual instituição vai administrar o espaço, bem como os custos de gestão. Não estão descartadas parcerias com universidades e laboratórios. 

 A previsão de atendimento é de 120 consultas e oito cirurgias por dia. O equipamento vai contar com uma área de 700 metros quadrados, onde serão realizados consultas, exames e cirurgias. Serão construídas duas salas cirúrgicas, quatro consultórios, salas de internação, observação e espera, laboratório, sala de coleta e esterilização, sala para banho e tosa e uma área para cadastro de adoção.

 O secretário de Meio Ambiente Fábio Picarelli explicou que o atendimento será, preferencialmente, para os moradores de baixa renda. “Todo o modelo de gestão ainda está sendo desenvolvido e vai ser finalizado ao longo da construção da obra, bem como a contratação do responsável pela gestão”, afirmou. “Queremos que esse projeto sirva de exemplo para toda a região”, concluiu.

 Diretora de proteção e bem-estar animal da Secretaria de Meio Ambiente, Fabiana Pera Moretti afirmou que, inicialmente, serão atendidos apenas cães e gatos, mas, futuramente, podem vir a ser atendidos animais silvestres. Também será estudada a oferta de atendimento específico para ONGs (Organizações Não Governamentais) e protetores de animais, que muitas vezes acabam acolhendo grande número de cães e gatos e precisam de apoio com os cuidados dos bichos.