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Zagueiro nem bem chegou e já se foi
Por Dérek Bittencourt
Do Diário do Grande ABC
16/02/2021 | 00:01
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Nem bem chegou e Anderson Salles já deixou o Santo André. Titular absoluto no time pensado pelo técnico Paulo Roberto Santos para a disputa do Paulistão – ambos trabalharam juntos na Ferroviária na campanha da Série D do Brasileiro de 2020 –, o zagueiro foi anunciado como reforço ramalhino na sexta-feira. No mesmo dia, marcou um gol de falta no jogo treino dos andreenses contra o Pouso Alegre FC, em Jacutinga, Minas Gerais, que é a casa do Ramalhão fora do Grande ABC. Porém, uma notícia inesperada chegou ontem: o jogador recebeu uma proposta quatro vezes maior do futebol do Exterior. Extraoficialmente especula-se que o salário será de US$ 15 mil, o equivalente a R$ 80 mil, para retornar para a Indonésia, onde já defendeu o Bhayangkara FC entre fevereiro e maio do ano passado.

É certo que o jogador priorizou o lado financeiro, complicado crucificá-lo por isso. Mas, aos 33 anos, fechou uma importante porta em um clube tradicional, que foi quadrifinalista do Paulistão de 2020 e retornou para a Série D do Campeonato Brasileiro, ou seja, voltou a ter um calendário completo. E deixar um time somente três dias depois de ser apresentado é um tanto quanto complicado, deselegante. Faz com que a comissão técnica do Santo André tenha que redesenhar o sistema defensivo e, mais do que isso, que a diretoria tenha de ir em caráter de urgência ao mercado buscar uma alternativa de última hora, sem saber o que ainda tem à disposição. Por outro lado, é melhor que Anderson Salles saia agora, mesmo que às vésperas de o Paulistão começar, do que depois de o campeonato já iniciado. Primeiro, porque, com uma proposta financeiramente melhor, poderia perder completamente o foco e em uma competição de tiro curto como a Série A-1 (a primeira fase tem apenas 12 rodadas), necessita de atletas 100% comprometidos – e o clube já sofreu com isso em passado recente. Segundo, que o Ramalhão perderia uma inscrição, que já é tão limitada.

Em um mundo ideal, Luizão era o preferido de pessoas dentro do clube para reeditar a defesa com o goleiro Fernando Henrique e o zagueiro Rodrigo. Entretanto, uma lesão no dedo do pé direito tirou o jogador de combate, necessitando uma renovação contratual com a Ponte Preta para realizar seu tratamento. Agora, sem Luizão e sem Anderson Salles, quais serão as peças ainda disponíveis em um mercado bastante disputado? Cenas para os próximos capítulos.

TORCEDOR X PROFISSIONAL
Vem repercutindo nas redes sociais nos últimos dias a possibilidade de o atacante Ronaldo vestir a camisa do São Caetano. Artilheiro do Santo André no Paulistão de 2020 com cinco gols, ele deixou o Ramalhão logo após a paralisação das competições em razão da pandemia e foi para o Sport. Pouco tempo depois, seguiu para o Avaí, pelo qual disputou o Campeonato Brasileiro da Série B. Teve problemas extracampo, foi afastado pela diretoria e perdeu espaço. Os andreenses o queriam de volta, até pela identificação de alguém que, na juventude, frequentou as arquibancadas do Bruno Daniel – inclusive como integrante de uniformizada – para torcer pela equipe ramalhina. Entretanto, o vizinho Azulão teria feito uma proposta para pagar um alto salário para o goleador, valor que a diretoria do Santo André não consegue cobrir. Que situação conflitante hein, Ronaldo?

Mas, voltando aos anos 2000, outros dois atacantes trocaram de lado e nem por isso perderam pontos com a torcida de um ou de outro. Segundo maior artilheiro da história do Ramalhão, Sandro Gaúcho veio para o Grande ABC para defender primeiramente o São Caetano, em 2001, fazendo parte do elenco vice-campeão brasileiro (foram 15 jogos e três gols marcados), antes de se transferir para o Santo André, onde marcou 58 tentos anotados. Já Fábio Luís, em 2007, fez o mesmo caminho: vestiu primeiro a camisa do Azulão, mas acabou emprestado ao Ramalhão. Resultado, com a camisa andreense (segundo publicou esses dias em suas redes sociais), fez dez gols, goleador do time na Série B daquele ano.

CONEXÃO SANTO ANDRÉ/JURERÊ
A dupla dinâmica formada pelos influencers Lucaneta e Henry Japa, que reforçou o Santo André Futsal para esta temporada, esteve ontem em Jurerê Internacional, Santa Catarina, para disputar uma competição diferente, de foot table, modalidade na qual dois jogadores têm de superar a parceria adversária demonstrando muita habilidade e domínio de bola fazendo com que a redonda toque em uma mesa antes de ir para o outro lado. O evento foi promovido pelo Ibrachina (Instituto Sociocultural Brasil China), organizado pelo ex-lateral Gabriel (filho do ex-jogador Wladimir e que defendeu São Paulo, Fluminense, Grêmio entre outros) e contou com nomes como Milene Domingues, Marco Luque, Zé Roberto (ex-jogador do Palestra de São Bernardo, Portuguesa, Bayern de Munique, Palmeiras e Seleção Brasileira), André Santos (ex-Corinthians), Amaral (ex-Palmeiras), Alê Oliveira (comentarista), Jukanalha (que tem seu próprio canal no Youtube), Fred (youtuber do Desimpedidos) entre outros. Segundo Lucaneta publicou no Instagram, ele e Japa foram campeões – em um dos stories, inclusive, mostrou um trabalho de recuperação ainda durante o torneio em terras catarinenses. Hoje eles são aguardados para regressarem aos treinos do Ramalhão, que disputará a Liga Nacional 2021.  




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