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Reformas e crises estão no horizonte das Câmaras

Legislativos voltam do recesso nesta semana com novos prefeitos e falhas na governabilidade

Por Júnior Carvalho e Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
01/02/2021 | 00:01
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Celso Luiz/DGABC


As Câmaras do Grande ABC retornam do recesso parlamentar nesta semana para iniciar o primeiro ano da nova legislatura. No horizonte estão reformas administrativas e impasses envolvendo governabilidade de novos prefeitos. Os Legislativos de Santo André, São Caetano e Mauá realizam suas primeiras sessões amanhã. Assim como as demais casas, a Câmara andreense definirá as comissões internas, incluindo as duas principais responsáveis por dar aval à tramitação dos projetos, de Justiça e de Finanças. 

Em solo mauaense, o prefeito Marcelo Oliveira (PT) tentará superar falhas para conseguir ampliar sua base de apoio na casa. Desde o início do mandato, o petista já sofreu duas derrotas no plenário – a primeira ao ver candidatura oposicionista, de Zé Carlos Nova Era (PL), vencer a disputa pela presidência da Câmara e, mais recentemente, assistir ao grupo de parlamentares que se autodenominam independentes emplacar emenda indigesta para o governo que congela por inteiro o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) deste ano. 

Na Câmara de São Caetano, há imbróglio jurídico a ser sanado. Com a designação do vereador e presidente da Câmara eleito, Tite Campanella (Cidadania), para assumir interinamente a Prefeitura devido ao impasse jurídico envolvendo a reeleição de José Auricchio Júnior (PSDB), há a dúvida se a primeira suplente do partido de Tite, a ex-vereadora Magali Selva Pinto, tem direito a assumir a cadeira do correligionário nesse período. Na primeira sessão, a vereadora Bruna Biondi (Psol), do mandato coletivo Mulheres por Mais Direitos, deve formalizar sua renúncia ao posto de terceira secretária da mesa diretora. 

Em São Bernardo, será a primeira sessão com o vereador Estevão Camolesi (PSDB) no comando do legislativo. Expectativa também para a escolha do novo líder do governo do prefeito Orlando Morando (PSDB), situação semelhante em Diadema. 

Assim como Marcelo, o prefeito de Ribeirão Pires, Clóvis Volpi (PL), prepara para enviar ao Legislativo reforma administrativa visando, sobretudo, enxugar a máquina pública e reduzir o número de secretarias. Enquanto o petista já antecipou que pretende unificar pastas, com as de Transporte e de Trânsito, o liberal quer diminuir o total de setores do primeiro escalão para 12 (atualmente são 20).

O Grande ABC renovou mais da metade das 142 cadeiras nos legislativos na eleição do ano passado. Desse total, 79 são vereadores novatos ou estão de volta às casas após hiato.




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