O jornal cita fontes de inteligência dos EUA e da Europa, além de especialistas em terrorismo, e conta que a cooperação entre as duas organizações está aumentando, embora o Hezbollah, com base no Líbano, absorve apoio primeiramente de muçulmanos xiitas, enquanto a Al Qaeda é predominantemente sunita.

Os dois grupos coordenam treinamentos de táticas e de usos de explosivos, lavagem de dinheiro, tráfico e contrabando internacional de armas e aquisição de documentos forjados, segundo o Washington Post.

Especialistas em inteligência estão preocupados com o fato de as capacidades do bem-estruturado braço militante do Hezbollah possibilitarem à Al Qaeda melhorar sua habilidade de lançar ataques contra alvos americanos.

A reportagem revela ainda que a nova parceria ilustra um padrão evolutivo de alianças descentralizadas entre grupos extremistas que querem forçar os Estados Unidos a saírem do Oriente Médio, e Israel a sair dos territórios palestinos.

Membros do governo americano acreditam que na ocasião em que a Al Qaeda foi expulsa do Afeganistão, Osama bin Laden permitiu que seus homens se aliassem a grupos islâmicos úteis.

O jornal citou um alto membro do governo americano que contou que Bin Laden ou seus assessores próximos se valeram da Internet para passar sua mensagem. O membro do governo, que não foi identificado, disse que "não havia a menor dúvida de que o Hezbollah e a al-Qaeda se comunicaram em questões logísticas".