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Leporace vistoria a Cidade da Criança

Na história da Cidade da TV devemos lembrar do radialista Vicente Leporace

Por Ademir Medici
Do Diário do Grande ABC
22/09/2011 | 00:00
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"Na história da Cidade da TV devemos lembrar do radialista Vicente Leporace. Quando da construção da Cidade da Criança, ele estava sempre presente para acompanhar as obras. Depois, descia a pé a Lucas Nogueira Garcez para almoçar na nossa casa".

Rita Ângela Zincaglia, a secretária eterna de São Bernardo 

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Enfim, a televisão
Antonio de Andrade, professor universitário 

Na edição de 13-1-1951 o Jornal de São Caetano publicou reportagem intitulada ‘Televisão no Mercado Inca': "A atenção do jornalista foi despertada sábado último por um fluxo de pessoas que de uma maneira fora do comum se dirigiam para o Mercado Inca. Quisemos saber do que se tratava. E verificamos que lá estava, em local visível a todos, um aparelho de televisão, transmitindo imagens a todos os clientes do Mercado. Existindo em nossa cidade pouquíssimos aparelhos desse tipo, se não nos enganamos apenas um, todos queriam apreciar essa nova maravilha que é a transmissão de imagens por um aparelho simples, do tamanho de uma rádio-vitrola".

A venda de aparelhos receptores de televisão estava presente na Folha do Povo desde a edição de 15-12-1950 quando a Casa Sonora, de propriedade de Antonio Chiarelli, passou a anunciar que dispunha de ‘televisores da marca General Eletric' para vender.

Nessa época alguns estabelecimentos do centro comercial passaram a colocar nas vitrinas um aparelho sintonizado no canal 3, propiciando ao público acompanhar as duas horas de transmissão que a Tupi realizava diariamente. Toda noite o público acompanhava um ritual que precedia ao início do espetáculo: acertar a posição da antena, aguardar que o som e imagem chegassem perfeitos - o que era uma raridade - torcer para que não chovesse ou não fizesse muito frio e, acima de tudo, chegar bem cedo para ficar o mais próximo possível da vitrine.

DIÁRIO HÁ 30 ANOS

Terça-feira, 22-9-1981 

Manchete - Aureliano Chaves assumirá governo amanhã em cerimônia especial

Editorial - A redemocratização parece que é irreversível

Ribeirão Pires - Depósito de lixo em Ouro Fino Paulista contraria a Lei de Proteção aos Mananciais.

Vôlei masculino - Onze anos depois de ter conquistado o título da Copa Sul-Americana de Clubes Campeões, pelo Randi, Santo André está próxima da conquista da 11ª edição do certame: ontem, no Ginásio Pedro Dell'Antonia, Pirelli Santo André 3, Paulistano 1. Outros participantes: Bohemios do Uruguai, Sport do Paraguai e Ferro Carril da Argentina.

 

EM 22 DE SETEMBRO DE... 

1971 - Faculdade de Comunicação do Instituto Metodista, de São Bernardo, anuncia a compra de um circuito interno de televisão para uso dos alunos.

Trabalhadores

Nasce em 22 de setembro:

1926 - Antonio Vieira, natural de São Paulo. Eletricista da Rhodia. Residia à Avenida 15 de Novembro, 10.

Fonte: 1º livro geral de registro de associados do Sindicato dos Químicos do ABC.

HOJE 

Dia da Campanha Mundial de Redução de Carros nas Ruas, Dia da Fauna, Dia do Rio Tietê, Dia da Juventude, Dia do Técnico Agropecuário, Dia dos Amantes e Dia da Banana.

SANTOS DO DIA 

Emerano, Emerita, Focas, Iraides, Mauricio e companheiros e Santino, Tomas de Villanueva, Virginia e Eugenio Lyra.

São Mauricio e companheiros viveram entre os séculos 3 e 4. Formavam a legião de soldados cristãos da Tebaiada, do Egito, que combateram os gálios (franceses). Comandante Mauricio e Exupério, Cândido, Vitor, Inocêncio, Vital e outros foram massacrados ao recusarem participar de festas religiosas pagãs.

Fontes: Folhinha do Sagrado Coração de Jesus, Vozes, 2011; site: www.paulinas.org.br .

FALECIMENTOS 

SANTO ANDRÉ

Norberta Maria Nogueira, 83. Natural de Barra do Rocha (BA). Dia 18. Cemitério Memorial Jardim Santo André.

Raul Fidelis da Silva, 74. Natural de Tietê (SP). Dia 17. Cemitério Curuçá.

Durvalino José Chagas, 69. Natural de São Paulo (SP). Dia 16. Cemitério Jardim Tremembé (Capital).

Sonia Maria Teixeira Dias, 61. Natural de Santo André, Dia 17. Cemitério da Saudade, em Vila Assunção. 

SÃO BERNARDO

José Romualdo de Abreu, 88. Natural de Minas Gerais. Dia 20. Cemitério dos Casa.

Revoltina Casa Mori, 87. Natural de São Bernardo. Filha de Ângelo João Casa e Tereza Casa. Era viúva de Bruno Mori e deixa os filhos Ivone, Marlene e Antonio. Dia 20. Cemitério de Vila Euclides.

Benedito Rodrigues da Motta Filho, 72. Natural de São Bernardo. Dia 19. Cemitério da Paulicéia.

Alice Luiza Santos, 65. Natural de Açucena (MG). Dia 17. Cemitério dos Casa.

Maria Rejane de Araújo, 57. Natural de Tupanatinga (PE). Dia 16. Cemitério dos Casa. 

SÃO CAETANO

Carmen Garcia, 91. Natural de Jacareí (SP). Dia 17. Cemitério da Saudade, bairro Cerâmica.

Vitaer Gonçalves, 91. Natural de Serrania (MG). Dia 18. Cemitério da Saudade, bairro Cerâmica.

João Messias Franco de Souza, 89. Natural de Pirassununga (SP). Dia 17. Cemitério das Lágrimas. 

MAUÁ

Serafim Jorge Teixeira, 79. Natural de Portugal. Dia 20,e em São Bernardo. Vale dos Pinheirais.

DANILO DI MANNO DE ALMEIDA
(Maracaí, SP, 1º-10-1958 - São Bernardo 15-3-2011) 

"Não participei de passeatas contra a ditadura nos anos 1960, nem depois. Era criança na época, gostava dos Beatles, Roberto Carlos e outros. Cantava A banda do Chico Buarque, mas não tinha a consciência política que a intelectualidade exigiria para cantá-la politicamente".

Professor Danilo, em suas memórias. 

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Filósofo, com tese de doutorado defendida e publicada na França graças a uma bolsa de estudos, Danilo fez história na Universidade Metodista. Deixou muitos artigos publicados e um ensaio de 18 páginas que ele chamou de heterobiografia. Este trabalho está na revista Educação & Linguagem, vol 20, da Metodista, com o título geral ‘Recontando a História, os 10 anos do Mestrado em Educação da Umesp' (2009).

"Ele sabia dividir o seu tempo entre o trabalho, a produção científica e a família; os filhos eram a sua paixão", conta a mulher Ângela de Souza Soccio de Almeida, que é professora de música, arte e francês.

Danilo veio do Interior para São Paulo em 1977 para estudar. Fez Teologia no Seminário Presbiteriano Independente. Durante dez anos atuou como pastor em São Vicente, Cajamar e nos bairros paulistanos Parque Edu Chaves e Vila Ede. Formou-se em Filosofia pela USP, com mestrado em Ciências da Religião pela Umesp. Estudou na Suíça e em Paris, permanecendo por quatro anos na França. Na Metodista, em São Bernardo, uma jornada que soma 20 anos. Aqui lecionou, coordenou o curso de Filosofia e o Núcleo de Formação Cidadã. Ultimamente era docente pesquisador do programa de pós-graduação em Educação e orientador da pesquisa.

Filho de Gil de Almeida e Alice Di Manno de Almeida, partiu aos 52 anos. Deixa a mulher Ângela e quatro filhos: Carolina, que faz mestrado em Ciências Políticas na Universidade Federal do Recife; Michell, engenheiro pela FEI; Sophia, 13 anos, nascida em Paris; e a caçula Sabine, 9 anos. Está sepultado no Cemitério da Paz, no Morumbi (Capital).




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