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Vendas do pequeno comércio caem 2%
Gabriela Gasparin
Especial para o Diário
13/11/2007 | 07:00
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Ao contrário do que vem acontecendo na economia nacional como um todo, este ano não têm sido bom para os pequenos comerciantes do Estado.

O setor apresenta queda acumulada de 2% no faturamento de janeiro a setembro deste ano. No balanço de setembro, comparado ao mesmo mês do ano passado, a diminuição foi de 1,7%.

As informações são da PCPV (Pesquisa Conjuntural do Pequeno Varejo), divulgada nesta segunda-feira pela Fecomercio-SP (Federação do Comércio do Estado de São Paulo). Dos sete grupos analisados, quatro apresentaram baixa.

“O mercado de varejo em geral cresce de 4% a 5% no ano. No entanto, o pequeno comerciante não tem a capacidade que a empresa grande tem de oferecer maiores financiamentos”, explicou o assessor econômico da entidade, Fábio Pina.

Segundo ele, outro fator que chama a atenção dos clientes é a publicidade, além da possibilidade de encontrar unidades da loja em diversas localidades.

O segmento que mais sentiu o decréscimo foi o de autopeças e acessórios, com queda de 29,2% em setembro deste ano na comparação com o mesmo mês de 2006. No acumulado do ano, o resultados estão 17,9% menores.

Pina revelou que grandes concessionárias passaram a vender acessórios para automóveis neste ano. “As distribuidores oferecem preços menores.” Outro motivo é a facilidade, cada vez maior, de se comprar um carro zero. “Os carros novos não precisam de manutenção.”

É o que sente a comerciante Ana Paula Soares, 36 anos, que há anos três possui uma loja de autopeças em Santo André. O faturamento da loja já apresenta queda de 10% neste ano até agora. “O número de clientes tem aumentado, mas é difícil competir com as grandes lojas,”

Ana Paula afirmou ter parado de vender pneus e CD players depois que os hipermercados passaram a comercializar os produtos. “Muitos feriados seguidos também atrapalham o pequeno varejista”, lembra.

Outros setores que puxaram o faturamento do setor para baixo foram as farmácias e perfumarias, as lojas de alimentos e bebidas e eletroeletrônicos. As quedas acumuladas até setembro são, respectivamente, de 6,4%, 14,6% e 7,3%.




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