O prefeito de São Bernardo, William Dib, desistiu da viagem que faria ao Japão entre 20 de fevereiro e 6 de março para fazer contatos com autoridades daquele país sobre o financiamento de US$ 200 milhões da Jica (agência japonesa de cooperação internacional) à recuperação da represa Billings. No seu lugar, vai o vice-prefeito, José Roberto Melo (PSDB). Dib anunciou a viagem no início do ano, mas mudou de idéia depois de voltar de férias. Segundo a Prefeitura, Dib preferiu ficar na cidade para cumprir compromissos oficiais, sem especificar quais, e irá ao Japão apenas em novembro.

Essa não foi a única mudança. Em 26 de janeiro, Melo assinou a portaria 8.406, estabelecendo que a comitiva que acompanharia Dib seria formada pelos secretários Hiroyuki Minami (Planejamento e Tecnologia da Informação), Neide Felicidade (Educação e Cultura), Eurico Leite (Assessoramento Governamental) e o assessor Antonio Dal Pozzo. Ao retornar das férias, Dib reduziu o número de integrantes de cinco para três, por meio da portaria 8.407, de 1º de fevereiro. Viajam agora Melo, Minami e o titular da Saúde, Wilson Narita.

Além das tratativas com o governo japonês para a liberação do financiamento da Jica, os representantes da Prefeitura de São Bernardo visitam a cidade-irmã Shunan. “Teremos quatro ou cinco encontros técnicos com integrantes do Ministério da Finanças e do Japan Bank for International Cooperation (banco oficial japonês para cooperação internacional)”, disse Melo. Ele ressaltou que o Plano Diretor para recuperação do manancial já está pronto e aprovado. “Esperamos que a liberação do dinheiro seja rápida e as obras comecem ainda este ano”, completou.

Na bagagem, a comitiva vai levar uma lista com dez projetos prioritários. “Vamos decidir em conjunto com o governo japonês as intervenções que serão feitas em primeiro lugar”, explicou o vice-prefeito. Na pauta, estão itens como a construção de coletores-tronco para levar o esgoto da cidade à ETE (Estação de Tratamento de Esgotos) ABC, na capital; colocação de rede de esgoto e construção de estações de tratamento em áreas não servidas pela Sabesp; limpeza dos canais de rios e córregos que cortam a cidade; e remoção do lodo depositado no fundo da represa e recuperação da área onde funcionou o lixão do Alvarenga.