Política Titulo Em Ribeirão Pires
PT e PMDB articulam com nacional por apoio mútuo
Cynthia Tavares
Do Diário do Grande ABC
22/02/2012 | 07:19
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O PT e o PMDB de Ribeirão Pires travam guerra pelo apoio mútuo nas eleições de 7 de outubro. Os diretórios municipais das duas legendas articulam junto às executivas nacionais a efetivação da aliança. Porém, nenhum dos partidos deseja abrir mão da cabeça da chapa.

Para não atrapalhar as negociações, os partidos desconversam sobre a manobra. Mas fontes ouvidas pelo Diário ligadas às siglas confirmam o movimento. Por resolução nacional, o PT tem como prioridade fechar aliança com o PMDB, e vice-versa. No Grande ABC, as coligações nesse sentido serão resolvidas pelas cúpulas nacionais das legendas.

A conjuntura também passa pela Capital. Se Gabriel Chalita (PMDB) abdicar da sua vontade de concorrer ao Executivo para ser vice de Fernando Haddad (PT), o entendimento para firmar alianças nas cidades que compõem a Grande São Paulo - são 39 municípios - fica mais fácil.

Em Ribeirão Pires, o PT iniciou conversas com o pré-candidato ao Paço pelo PMDB, Saulo Benevides. Porém, passadas algumas semanas de articulação, os petistas ouviram um sonoro ‘não' à proposta pela vice.

Maria Inês Soares, nome escolhido do PT para concorrer à sucessão de Clóvis Volpi (PV), manifestou a pessoas próximas o desejo de disputar a eleição somente contra o candidato da atual administração, Edinaldo de Menezes, o Dedé (PPS).

O presidente do PT de Ribeirão Pires, Antônio Carlos Pereira de Souza, o Carlão, declara que o PMDB é quem realiza articulação com nacional. "Todas nossas discussões têm acontecido de maneira transparente. Houve conversas do Saulo com o PT (para composição de vice). Ele que fala em negociações nacionais, mas não temos isso", desconversa.

O petista reitera que a candidatura peemedebista enfraquece somente Dedé, apesar de pessoas no diretório acreditarem que Saulo tira votos de Maria Inês. "Ele fazia parte do grupo governista, que é onde sua base eleitoral está localizada. Nunca se colocou no nosso núcleo (de oposição)", analisa.

Saulo descarta, de maneira efusiva, a possibilidade de ser vice. "Há três anos que trilho o caminho da minha candidatura. Fui para o PMDB (antes ele era do PV) para ser candidato (a prefeito). Se quiser pode ir falar com a ONU ou com o papa para mudar essa condição", afirma o peemedebista.




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