Política Titulo Diadema
Após abandonar ambulâncias, Lauro fala em comprar novas

Prefeito reclama do governo federal e diz que pretende criar serviço exclusivo no município

Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
15/02/2016 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


Menos de um mês após o Diário revelar o abandono de três ambulâncias do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) em Diadema, o prefeito Lauro Michels (PV) anunciou que pretende comprar carros e criar programa de atendimento à população.

No mês passado, sem autorização do Ministério da Saúde, a gestão Lauro encostou três carros, estimados em R$ 300 mil, na parte de trás do estacionamento do Poupatempo, localizado na Rua Amélia Eugênia, no Centro.

“Aquelas ambulâncias foram avariadas e já estão comprometidas com setor de peças da administração. Eu quero devolver aqueles carros e adquirir outros para fazer serviço exclusivo da Prefeitura”, pontuou o chefe do Executivo.

Os veículos apresentam pequenos sinais de deterioração, principalmente na parte dianteira, onde alguns faróis foram arrancados e há alguns amassados na lataria. Muita sujeira e folhas cobrem as ambulâncias, comprovando abandono.

“Não sei, por exemplo, se valerá a pena eu consertar esses carros. O custo é muito alto. Então se colocar um pouco mais de recurso, faço aquisição de novos”, considerou o verde.

Lauro reclamou da condução da União em relação ao custeio com esse serviço, no entanto, reforçou que o programa segue sendo executado normalmente no município.

“O serviço não está desassistido em Diadema. O Samu realiza ativamente sua função. O que é ruim é receber programa como esse e arcar com despesas de gasolina, motorista, peça e manutenção. Então é fácil falar que dá uma ambulância ao município e que a cidade deixa abandonado. É mentira. Estamos trabalhando”.

O Samu foi instituído pela União em 2003. As despesas de custeio são de responsabilidade compartilhada, entre União, Estado e município.

Segundo o Ministério da Saúde, o governo Lauro recebe, para custeio dessa tarefa, R$ 276,8 mil por mês, o que dá total de R$ 3,3 milhões ao ano. “Os repasses estão regulares”, indicou o governo federal.

Em meio à polêmica com o episódio das ambulâncias, a oposição do governo Lauro encaminhou questionamentos à administração solicitando esclarecimentos em torno do efetivo e condições do trabalho na cidade.




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