Aparentemente, o Santo André contornou a crise que explodiu nos vestiários depois do tropeço contra o Coritiba (3 a 1), sábado à tarde, no Estádio Bruno Daniel, pela Série B do Brasileiro. O técnico Sérgio Soares e alguns jogadores discutiram ainda no gramado. O bate-boca também esquentou o ambiente nos vestiários. Dizem que o treinador teria exagerado nas ofensas. Segundo uma fonte, faltou pouco para que os lados trocassem tapas.

No entanto, o próprio Sérgio Soares procurou esclarecer o episódio durante a entrevista coletiva no saguão do estádio. Segundo ele, houve apenas "cobranças pesadas e normais" para quem acabava de cair em casa.

Ao tomar conhecimento dos atritos, o diretor executivo Carlito Arini prometeu apurar os conflitos. Ontem, Arini contou que havia investigado parcialmente os acontecimentos. "Pelo que já sei, só houve brigas de trabalho. Coisas de família. Diria que isso é positivo. O pior é a gente se calar nos momentos ruins. Se todos reagiram, é sinal de que sentiram a derrota. Prefiro que assim seja", afirmou Arini. Apesar de tudo, ele promete averiguar outros detalhes dos conflitos que tumultuaram demais os bastidores do clube.

Sérgio Soares não se conformava ao constatar que o Santo André deixava escapar a chance de se aproximar do G-4, o bloco dos quatro primeiros colocados. "Assim, teríamos um recesso mais tranquilo às vésperas da Copa do Mundo", disse.

Segundo ele, as projeções pareciam definidas. Ele reconhece que o resultado atrapalhou os planos de quem, ao parar nos sete pontos, ficou perto da zona de rebaixamento - Ponte Preta e América-RN têm seis e, na linha descendente, Ipatinga, Duque de Caxias e Vila Nova-GO (três). Se o Santo André tivesse ganho, chegaria aos 10 pontos, cinco a menos do que o líder Paraná (15) e quatro atrás do América-MG, Coritiba e Náutico. No dia 15, haverá reapresentação e reinício dos trabalhos.