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Reorganização fecha seis escolas

Mudança deixará três prédios ociosos em Ribeirão
Pires, dois em Santo André e um em São Bernardo

Por Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
29/10/2015 | 07:00
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Arquivo/DGABC


Seis escolas estaduais do Grande ABC encerrarão suas atividades a partir de 2016 e terão seus prédios disponibilizados para o Centro Paula Souza ou para as prefeituras para fins educacionais. O processo de reorganização da Secretaria Estadual da Educação deixará três prédios ociosos em Ribeirão Pires, dois em Santo André e um em São Bernardo. A lista com as 94 unidades do Estado foi divulgada na tarde de ontem.

Em Santo André, as escolas disponibilizadas são a EE Valdomiro Silveira, no Jardim Silvana, e a EE Professor José Augusto de Azevedo Antunes, no bairro Casa Branca, que completou 101 anos em julho e é a mais antiga unidade da região.

Embora o Estado afirme que os prédios estão à disposição da administração municipal, o secretário de Educação de Santo André, Gilmar Silvério, já descartou o uso dos espaços. “Não há nenhum interesse da Prefeitura. O prédio da Valdomiro Silveira está em péssimas condições estruturais. Precisaria de uma reforma completa. Já no caso do Antunes, é uma região onde não temos demanda. Nosso deficit é na periferia. Faltou diálogo para organizar esse processo”, considera.

O secretário de Educação de São Bernardo, Paulo Dias, também destacou ter sido pego de surpresa com a notícia e que ainda pretende avaliar a oferta do prédio da EE Tito Lima, no bairro Estoril. “Tenho que visitar a unidade para saber se temos demanda naquela região”, diz.

Um dos coordenadores da Apeoesp em São Bernardo, Aldo Santos destacou que a transferência dos alunos da EE Tito Lima causará transtornos para a população do bairro Capelinha. “Naquela área só temos a EE Antonio Caputo (bairro Rio Grande e longe 2,8 quilômetros), mas para chegar até lá alunos terão de atravessar a balsa, sem falar que ultrapassa o 1,5 quilômetro prometido pelo Estado.”

Dos três espaços oferecidos pelo Estado em Ribeirão Pires – EE Professor Álvaro Trindade de Oliveira, EE Fortunato Pandolfi Arnoni e EE Santinho Carnavale –, pelo menos um será aproveitado pela Prefeitura, segundo o prefeito, Saulo Benevides (PMDB). “Faremos um esforço para conseguir manter o prédio, porque terá de ser feita reforma e, depois, há o custo da manutenção”, ressalta. A ideia de Saulo é usar a área para diminuir o deficit de 300 vagas em creche. “Acredito que leve pelo menos seis meses para conseguir usar o espaço.”

O Estado não divulgou quantos alunos e professores da região serão afetados com a reestruturação. Limitou-se a informar que a partir do próximo ano haverá 61 escolas de ciclo único entre as sete cidades, sendo três destinadas aos anos iniciais do Ensino Fundamental (1º ao 5º ano), 31 aos anos finais (6º ao 9º ano) e 27 ao Ensino Médio. São 270 mil estudantes e 335 unidades no Grande ABC. A reforma atingirá 1.464 escolas (das 5.147 unidades existentes) de 162 municípios e provocará a transferência de 311 mil alunos no Estado (8,2% do total de alunos).




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