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‘Estou disponível’, diz Marinho sobre GM
William Glauber
Do Diário do Grande ABC
20/02/2006 | 08:03
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O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, afirmou neste domingo que está “à disposição” caso o Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano (filiado à Força Sindical) convide o governo federal a participar de negociações da crise na ferramentaria da General Motors. “O governo federal não foi chamado, mas, se for, atenderemos”, disse o ministro.

Na disputa entre GM e sindicato, o governo do Estado de São Paulo e a Prefeitura de São Caetano participaram da negociação. Para Marinho, o que houve foi “fumaça”. “Eu vejo muita fumaça nisso. Não vejo participação efetiva do governo do Estado e da Prefeitura. Confio em delegar ao sindicato, que acompanha diariamente essas relações”, opinou.

“O sindicato tem autonomia e competência para dirigir esses processos. Muitas vezes, o poder público, a depender de como participa (de negociações), pode ajudar mas também atrapalhar”, afirmou Marinho. Sobre a proposta do sindicato feita à GM de redução de jornada e salário, o ministro preferiu não se posicionar. “É evidente que temos de respeitar o sindicato, a partir de uma melhor alternativa para os trabalhadores”, disse.

Às vésperas do vencimento do acordo de estabilidade de emprego na Volkswagen, de São Bernardo, Marinho disse que não pretende se envolver em acordos, mas que, assim como no caso da GM, está pronto para atender a eventuais solicitações do sindicato.

Marinho falou também sobre a importância da aprovação das reformas sindical e trabalhista que tramitam atualmente no Congresso Nacional, que, para ele, dificilmente serão aprovadas ainda neste ano. O ministro disse que o principal entrave para a acelaração dos processo é o embate existente entre trabalhadores e empregadores, que não chegam a consenso sobre as propostas.

Campanha – Questionado sobre a possibilidade de comandar a campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à reeleição, o ministro Luiz Marinho disse que ainda não recebeu o convite. “Indiretamente, todos os filiados e militantes participam. Diretamente, só se eu for convocado. Isso ainda não está dado”, esclareceu, ressalvando que a candidatura ainda não foi oficializada.



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