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Doações de sangue têm queda na região

Para chegar ao estoque contabilizado há dois anos, número de doadores precisa mais que dobrar

Por Vanessa de Oliveira
Do Diário do Grande ABC
14/06/2015 | 07:00
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Andréa Iseki/DGABC


No Dia Mundial do Doador de Sangue, celebrado hoje, a pouca adesão de doadores e a baixa nos estoques mostram que a população precisa se conscientizar da importância do ato para que, de fato, a data seja motivo de comemoração. Dados da Colsan (Associação Beneficente de Coleta de Sangue), que administra quatro postos no Grande ABC, evidenciam a queda de doações nos últimos três anos. Em junho de 2013, havia no quarteto de unidades 4.599 bolsas, caindo para 4.526 no mesmo período de 2014. Agora, na metade do mês, há apenas 1.828 bolsas, sendo necessário mais que o dobro de solidários até o fim do mês para alcançar os anos anteriores.

Os bancos de sangue estão distribuídos da seguinte forma: um em São Bernardo (Hemocentro Regional); dois em Santo André (Hospital Estadual Mário Covas e Centro Hospitalar Municipal) e um em São Caetano (Núcleo Regional de Hemoterapia). “Não há educação geral, moral e cívica para orientar sobre a importância do ato”, fala o gerente médico da Colsan do Grande ABC, Toebaldo de Carvalho.

A esteticista Arlene Souza Rodrigues, 36 anos, doava, na sexta-feira, sangue pela primeira vez no Hemocentro de São Bernardo. A iniciativa partiu de campanha realizada pela colégio Ribeiro Maia, onde o filho de 9 anos estuda. A equipe de alunos que conseguir o maior número de pessoas ganhará uma tarde no boliche. “Acho que todas as escolas deveriam incentivar”, disse.

Quem teve a vida salva pelo ato sabe do valor inestimável. Em 1989, o empresário Alcibiades Baesa Junior, 48, de Mauá, foi baleado em assalto. Houve perfuração da artéria jugular e do pulmão esquerdo. “Precisei de seis bolsas. Se hoje estou vivo é porque alguém fez essa boa ação.”

Dez anos atrás, a dona de casa Emilia Vargas, 50 anos, de Diadema, passou por cirurgia na coluna e perdeu muito sangue. “A gente fica desesperada quando sabe que o estoque está baixo.”

A empresária Andressa Dantas, 30, de Santo André, iniciou, junto a familiares e amigos, maratona para conseguir doadores para o afilhado Mateus, 3, diagnosticado com leucemia em abril. A criança precisará de sangue por todo o tratamento, que durará dois anos. “Ninguém está livre de precisar de doações. É um ato tão simples, seguro, rápido e que é capaz de salvar vidas”, diz ela, doadora desde 2008.

Para saber os pré-requisitos e como ajudar quem precisa, acesse a página da Colsan (www.colsan.org.br). 




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