A bancada do PMDB na Câmara de Mauá considerou que o contrato com a FUABC (Fundação do ABC) para gestão de toda a rede de Saúde da cidade irá desprivilegiar os servidores concursados da Pasta. O acordo com a OSS (Organização Social de Saúde), que começa a valer no mês que vem, prevê repasse anual de R$ 168 milhões ao ano para cumprimento de metas qualitativas e quantitativas e pode vigorar por até cinco anos.

“Os médicos contratados pela FUABC são tratados de forma diferente. Eles podem faltar por 10 dias, apresentar atestado e não tem descontos no salário. Os médicos da Prefeitura não, se faltarem perdem gratificações. Sem contar que o salário real não é igual, é complementado com benefícios”, avaliou a líder da bancada peemedebista no Legislativo, Sandra Regina Vieira, que foi secretária de Saúde na gestão de Leonel Damo (PMDB).

Para a parlamentar, a FUABC, que passou a gerir o Hospital Nardini em 2010, já atuava em toda a rede de Saúde mauaense. “Vi alguns contratos para administrar UPAs (Unidades de Pronto Atendimento 24 Horas) e UBSs (unidades Básicas de Saúde). Em todos os locais há médicos da FUABC. Agora vão só juntar em um único contrato o que era feito por vários contratos.”

Sandra foi muito criticada por petistas quando contratou a OSS Sorrindo para a Vida para administrar programas de Saúde e fornecer médicos à rede municipal. A entidade tinha sede em um sex-shop e o contrato é amplamente contestado pelo Ministério Público e TCE (Tribunal de Contas do Estado). “Só diziam que a sede era em um sex-shop, mas na minha gestão não faltava médicos. Eram contra terceirizar na Saúde, mas agora que estão no poder pode.”