O prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), sinalizou ontem que vai tentar minar projeto de candidatura própria por parte do PSB à sua sucessão em 2016 escorado em apoio dado na campanha de reeleição do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). No mês passado, os socialistas anunciaram o vereador Vaguinho do Conselho como pré-candidato ao Executivo.

A estratégia de Lauro é resgatar a sigla para o seu arco de aliados, buscando ajuda de Alckmin, que tem como vice Márcio França (PSB). Segundo o verde, acordo firmado para o páreo de outubro vai garantir desistência dos socialistas pela cadeira do Paço. “Abri mão de votar com o meu partido no pleito ao governo do Estado (o PV concorria com Gilberto Natalini) para apoiar Alckmin e Márcio. Junto com eles, fiz esse acordo que os partidos que estavam na base do governado estariam no apoio à minha reeleição”, alertou.

O aviso do chefe do Executivo não foi bem aceito por Vaguinho, que prontamente ressaltou autonomia da legenda. “O PSB tem sua orientação estadual de que é buscar candidaturas próprias. Nosso partido tem poder de decisão. Vamos manter o projeto. A única coisa que cai de cima para baixo é raio”, retrucou, enfatizando que não aceitará interferência da construção de chapa.

COMISSÕES
Os vereadores de Diadema realizaram ontem a votação das comissões permanentes da Casa para o biênio de 2015-2016. O processo foi polêmico e se arrastou por horas.

No fim, a base do governo ficou com ampla maioria dos grupos e a oposição apenas com direito a um parlamentar por ala. As comissões são formadas por três vereadores.

O maior embate envolveu os representantes do PSB, Vaguinho e Célio Boi com a vereadora do PMDB, Cida Ferreira. Declarados independentes, eles formaram bloco com discurso de proporcionalidade. O objetivo era garantir maioria em algumas das comissões em união com os petistas. Porém, Cida desistiu ao constatar exclusão da ala de Justiça e Redação do Legislativo.