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Scania projeta investimento de R$ 100 milhões para 2015

Fabricante iniciará produção de linha de pinturas de cabines em S.Bernardo

Daniel Macário
Especial para o Diário
08/12/2014 | 07:19
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Divulgação


Prestes a fechar 2014 como o quarto melhor ano de sua história no Brasil, a Scania deixa de lado a instabilidade da economia do País, que resultou numa queda de 30% nas vendas da fabricante sueca no segmento de pesados neste ano, em relação a 2013, e projeta para 2015 aportes equivalentes a R$ 100 milhões para o mercado nacional. Apesar da demora do governo em divulgar as novas condições do Finame, o que dificulta o planejamento para os próximos meses, os executivos projetam que boa parte desta verba seja destinada para o setor de pós-venda.

A fabricante, que dará no próximo ano um dos passos mais importantes do último ciclo de investimentos do grupo, o início da produção da linha de pintura de cabines na fábrica de São Bernardo – já em fase de testes após receber investimento estimado em R$ 70 milhões –, espera também em 2015 aumentar o número de concessionárias no País. “Iremos fechar 2014 com 116 unidades em todo território nacional. Para o próximo ano, a expectativa é que esse número chegue a 122”, revela o diretor-geral da Scania no Brasil, Mathias Carlbaum.

O executivo, que assumiu o cargo em julho, e comanda toda a operação comercial da empresa no território nacional, acredita que, apesar das incertezas quanto à nova equipe econômica do País, o mercado deve continuar estável para o próximo ano. “Vimos em 2014 uma queda em relação ao ano anterior e, mesmo assim, conseguimos um excelente resultado. Para o próximo ano acreditamos que o panorama continue o mesmo, sem muitas alterações.”

De acordo com Carlbaum, a estabilidade do mercado pode ser exemplificada quando se leva em consideração o resultado da empresa em dois segmentos. “Neste ano, enquanto aumentamos em 30% a venda dos semi-pesados (com carga máxima igual ou inferior a 45 toneladas) perdemos a mesma quantidade no setor de pesados (acima disso)”, explica o diretor-geral da fabricante, que ainda acredita no potencial do último mercado. “Não podemos deixar de investir nele. Aliás, o mesmo ainda é um dos nossos potenciais no Brasil.”

Sem revelar se a fábrica de São Bernardo irá contratar funcionários para atender à demanda do novo espaço de pintura que a montadora abrirá no próximo ano, Carlbaum disse que a relação da empresa com a região tem colaborado para o desenvolvimento dos negócios em território nacional. “Aqui está nosso maior mercado no mundo e, neste atual panorama, não podemos deixar de citar a boa relação que temos com o Grande ABC, que nesses mais de 50 anos tem nos dado todo apoio.”

EXPANSÃO - Depois de dobrar seu número de vendas de 60 mil para mais de 120 mil em dez anos, os executivos da Scania no Brasil ainda acreditam que o País tem muito a oferecer para a fabricante. “Há muito o que se explorar no território brasileiro. O fenômeno Nordeste é um exemplo. Depois de ficar centralizado somente nas regiões Sul e Sudeste, vemos que essa região tem expandido nesse segmento de uma forma acentuada”, afirma Carlbaum.
 




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