O presidente da Fifa (Federação Internacional de Futebol), Joseph Blatter, disse na quinta-feira, após se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que a transferência de atletas jovens, em especial com os que têm menos de 18 anos, é uma forma de "escravidão moderna".

Segundo ele, Lula é que tocou no assunto e pediu que a Fifa impeça essa prática. "Fiquei muito satisfeito que ele tenha levantado essa questão. Eu lhe respondi que vamos evitar que jovens de 13, 14, 15 anos, conduzidos por empresários, sejam retirados de suas famílias. É uma decisão importante", comentou Blatter.

Mais tarde, no 61º Congresso da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) e da inauguração do Museu do Futebol Sul-Americano, em Assunção (PAR), o dirigente voltou a tocar no assunto.

Fifa pretende cuidar dos jovens para evitar o êxodo em massa de menores para o futebol europeu principalmente", disse Blatter em seu discurso no congresso.

"Não podemos tolerar e nós devemos nos precaver para proteger os jogadores, os clubes, não queremos que os times percam suas identidades e por isso exigimos que fiquem de olho nos jovens", acrescentou.

"A Fifa regulamentou esta situação", afirmou Blatter explicando que "um jogador deve completar 18 anos para poder jogar no clube que o comprar".

Ao lado de Blatter, na inauguração do museu, que fica próximo ao principal aeroporto do país, o Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, estiveram também o presidente da Conmebol, o paraguaio Nicolás Leoz, e celebridades do esporte, como o brasileiro Cafú.