Política Titulo São Caetano
Paulo Pinheiro garante não intervir em siglas aliadas

Prefeito de São Caetano repudia modus operandi de
antecessor; acordos serão feitos em âmbito partidário

Por Gustavo Pinchiaro
Do Diário do Grande ABC
08/01/2013 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


O prefeito de São Caetano, Paulo Pinheiro (PMDB), disse que não vai repetir o modelo de relação da gestão de seu antecessor, José Auricchio Júnior (PTB), com os partidos aliados. O peemedebista afirma que os acordos com as siglas serão feitos em âmbito partidário sem que ele "coloque" presidente de confiança no comando das agremiações.

"Os vereadores já mostraram que querem o bem da cidade. Se o partido vier junto conosco o compromisso já está selado. Tenho de ter confiança no partido como um todo", disse o prefeito.

Pinheiro destacou que alguns presidentes de partidos que, coincidentemente, estavam acomodados no primeiro escalão de Auricchio eram designados para garantir a formação de um grupo multipartidário. Na eleição do ano passado, a ex-prefeiturável governista Regina Maura Zetone (PTB) foi a campo com um arco de alianças de 18 legendas.

O prefeito destacou três nomes como casos emblemáticos: ex-secretário de Serviços Urbanos Geová Maria Faria no comando do PSB, o ex-chefe de gabinete Luiz Antonio Cicaroni no PP e o reitor da USCS (Universidade Municipal de São Caetano), Silvio Minciotti, no controle do PSDB. Todos formavam um grupo seleto de homens de confiança do ex-prefeito petebista.

Na eleição do ano passado, a influência de Auricchio deixou livres apenas três partidos sem relação com a esquerda - PTN, PPL e PRTB. O próprio Pinheiro enfrentou exaustiva batalha judicial no PMDB local até conseguir, com respaldo do vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), legenda para disputar o pleito. A antiga direção da sigla, ligada ao petebista, foi dissolvida em uma canetada da Executiva estadual. O impasse só se resolveu com a realização de eleição interna que levou o prefeito ao comando do partido.

 

LEGISLATIVO

Outra promessa de Pinheiro é mudar radicalmente a relação do Executivo com o Legislativo. "Vou querer que façam proposituras e projetos de lei. Vamos nos reunir antes de encaminhar os projetos para a Câmara. Quero que votem porque concordam", explicou.

O peemedebista também atacou o relacionamento da Câmara com o ex-prefeito. "Ele não prestigiava o vereador em nada. Não tinha indicações nem requerimentos aprovados. Sei da limitação da Câmara, mas faltou diálogo."

No primeiro contato de Pinheiro com os parlamentares, no entanto, ele desarticulou a candidatura independente de Jorge Salgado (PTB) para presidir a Casa, que já contava com uma série de apoios. O diálogo do prefeito com vereadores do próprio PTB foi responsável pela mudança geral de votos. Sidnei Bezerra da Silva, o Sidão (PSB), foi reeleito presidente da Câmara por unanimidade, após a intervenção.

 




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