O primeiro-ministro britânico, Tony Blair, disse que vídeos analisados pelos serviços de inteligência e ainda não divulgados trazem fortes evidências sobre o envolvimento do dissidente saudita Osama Bin Laden nos atentados terroristas de 11 de setembro em Nova York e Washington. “O material não deixa dúvidas sobre a culpa de Bin Laden e seus associados”, disse Blair, em pronunciamento no Parlamento britânico.

Nas gravações a que Blair se refere, Bin Laden teria assumido sua campanha contra os Estados Unidos. As transcrições atribuem ao saudita as seguintes declarações: “Se vingar a morte de nosso povo é terrorismo, deixe a história ser testemunha de que somos terroristas. A batalha chegou à América, e nós devemos continuar até vencê-la, ou morrer pela causa e encontrar nosso criador”.

Segundo Blair, a maioria dos 19 seqüestradores dos aviões que derrubaram o World Trade Center e parte do Pentágono estão ligados à rede terrorista Al Qaeda, de Bin Laden.

O material recolhido resultou num documento de 23 páginas produzido pela Inglaterra. Todo o texto é composto por instruções de Bin Laden e citações de membros da Al Qaeda.

O premiê britânico garantiu que o regime Talibã está em total colapso e é falsa a informação de que a milícia prepara uma estratégia para retomar o poder. “Apesar de ainda haver sinais de resistência, a idéia de que há qualquer tipo de estratégia de recuo é apenas mais uma mentira do Talibã. Eles estão em colapso total”, disse.