Campeão paulista da Série A-2 e vice brasileiro de 2000, o São Caetano está de casa nova. O Azulão volta ao conforto de seu lar domingo, às 16h, no estádio Anacleto Campanella, diante do Botafogo, pela segunda rodada do Paulista da Série A-1. Assim como o famoso escritor do século 18, o italiano militar, aventureiro e mulherengo Giovanni Giacomo, o Casanova, o São Caetano quer conquistar mais fundo o amor de sua torcida. Mais do que nunca, o time do técnico Jair Picerni quer continuar no topo do futebol paulista.

Depois de 115 dias de saudade da região e mandando jogos da Copa João Havelange no Parque Antártica, o São Caetano entra em campo neste domingo como coadjuvante da festa de reabertura do Campanella. Ele está totalmente reformado; campo novo, pintura nova, vestiários modernos e uma capacidade de público que saltou de 17 para 25 mil pagantes. Um estádio projetado para sediar jogos do Paulistão, Libertadores da América e Campeonato Brasileiro, com acomodações para dezenas de rádio e TVs.

O Campanella é orgulho da cidade e uma paixão do prefeito Luiz Olinto Tortorello. Ele promete muita queima de fogos e presença de banda musical na reabertura. “Essa obra é um dos cartões postais de São Caetano”, comemora. Gaiolão, Alçapão Azul, Panelão ou Azulão? Não importa qual seja o batismo do novo estádio. Por isso, vale a pena o torcedor matar saudade do time que calou as torcidas de Fluminense, Grêmio e Palmeiras, entre outras. Os preços dos ingressos serão R$ 5, R$ 3 (estudante) e R$ 1 (mulher).

O capitão Valente, da 4ª Companhia de Polícia de São Caetano, elege o Campanella “um estádio de grande segurança e conforto para o torcedor”.

No último dia 4 de outubro, depois de vencer o Bragantino por 3 a 1 no encerramento da 1ªfase do Módulo Amarelo, o Azulão deixou de jogar no Campanella (reforma) em busca de algo que parecia impossível, o título da Copa João Havelange. O título não veio, mas apesar de derrotado na final pelo Vasco da Gama, a equipe ocupou espaço descomunal na mídia pelo vice nacional.

De volta ao lar, o São Caetano defenderá invencibilidade de 22 partidas. César e Adãozinho jamais perderam em casa.

Maior segurança – O Departamento de Inspeção de Estádios da Federação Paulista de Futebol vistoriou as obras no último dia 19 e considerou “muito bom” o novo Campanella. O engenheiro da Prefeitura, Bráulio Baptista Júnior, responsável pelas reformas, lembra que o estádio ganhou em segurança e comodidade para a torcida e imprensa. Todos os assentos são numerados.

O novo gramado é semelhante aos dos maiores estádios do país ao custo de cerca de R$ 90 mil. Mas o custo de todas as melhorias do Campanella é algo impossível de se conseguir. “Não dá ainda para se calcular valores. Houve mão-de-obra da Prefeitura e terceirizada. Toda a matéria-prima utilizada foi fornecida pelo poder público”, declara Bráulio. O Departamento de Obras da Prefeitura ainda não tem o custo final da reforma.