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Mexa-se 2010 recebe 17 mil no Paço
Por Nelson Cilo
Do Diário do Grande ABC
08/11/2010 | 07:03
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Orlando Filho/DGABC


O Mexa-se 2010 reprisou ontem alguns contrastes que caracterizam a badalada corrida agora internacionalizada nas principais ruas centrais de Santo André. A PM calculou 17 mil pessoas no Paço Municipal. Ivanildo Dias de Souza (30min 37seg) e a queniana Ednah Mukhwana (35min 09seg) subiram ao ponto mais alto do pódio nas duas versões dos 10 km. Cada um deles ganhou o cobiçado prêmio de R$ 5 mil em vales da Coop.

A caminhada simultânea é o detalhe que a diferencia das competições comuns. A presença da apresentadora e personal trainer Solange Frazão (mandou bem no palco e ainda se misturou à galera nas avenidas) roubou as principais cenas. "Sou de me envolver. De recriar a sinergia física e mental. De sentir o público, enfim", comentou Solange, que lá estava como requisitada madrinha das mais belas coreografias.

Ela não perdeu a chance de lançar um desafio ao gorducho prefeito Aidan Ravin e ao presidente da Coop, Antônio José Monte, para que ambos participem no próximo ano. Em tom de brincadeira, eles responderam na mesma hopra que só treinariam sob as dicas da estrela para soltar os pés no meio do asfalto. "Aí é sopa no mel", comparou Monte, ao topar a ideia.

O mexicano Rogério Palomaris nem apareceu na classificação, mas não estava preocupado. Afinal, ele jurava que não dormiu direito desde quarta-feira, dia do nascimento de Cauan. A mulher brasileira (Fernanda) e mais dois filhos (Victor e Gael) ficaram na torcida.

Tem gente que aparece para disputar e levantar o troféu aos olhos da plateia. Mas Antônio Lopes dos Santos, exatos 82 de vida - e cara de vinte a menos - não está nem aí para o resultado. O que vale, segundo ele, é não esmorecer o corpo nem bambear as pernas antes de completar, acreditem, o percurso de 10 km. O fenômeno das pistas revela o segredo. "É coisa de cima. Se não fosse Deus, eu não teria tanta força e coragem para me superar desse jeito", explicou.

Miguel Pretel, 74, além de Luís Carlos Garcia, 62, concordam. Os dois não bebem, não fumam, dormem como determina o bom figuro e nunca se desgastam de graça. Caso contrário, não teriam concluído, visivelmente de cabeça erguida, a mais longa batalha de ontem.




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