Turismo Titulo Montevidéu
Cidade respira arte
Marcela Munhoz
Enviada ao Uruguai
30/07/2009 | 07:00
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Para quem gosta de admirar arquitetura e obras de arte, Montevidéu é um prato cheio. A começar por museus como o Torres García, que fica aberto todos os dias das 9h às 20h, e conserva um importante acervo da obra do artista uruguaio Joaquin Torres García (1874-1949).

Tem também o MAC (Museu de Arte Contemporânea), que reúne obras de cerca de 300 artistas uruguaios, como Don Pedro Figari, o pintor oficial da raça negra do país. Também aberto todos os dias, das 16h às 20h.

O Teatro Sólis, no Centro, é imperdível. Ele foi inaugurado em 1856 e é o maior palco da cultura uruguaia.

Montevidéu também conta sua história nas ruas e praças da cidade. A Praça Matriz e da Bandeira estão sempre cheias de turistas, e a Catedral, construída em 1804, chama a atenção dos fiéis.

No meio de uma das calçadas da 18 de Julio o pedestre esbarra na Fonte dos Cadeados. Ela se tornou referência para casais que querem manifestar sua paixão. Eles deixam nas grades desta fonte cadeados fechados com as iniciais dos amantes e o desejo de que a ligação perdure para sempre.

Na mesma avenida tem o Monumento ao Gaúcho, criado por Juan Martín, que fez uma homenagem aos gaúchos que participaram da luta pela independência do Uruguai. Aliás, dá até para confundir Montevidéu com o Rio Grande do Sul. Ao cair da tarde, as pessoas preparam o mate (o chimarrão) e saem pelas ruas com a bebida na mão.

Para quem gosta de futebol, uma boa pedida é o Museu do Clube Atlético Peñarol (aberto às sextas e sábados, das 13h30 às 17h30) e o Museu do Futebol, no estádio Centenário, este declarado monumento histórico pela Fifa em 1982 por ser sede da primeira Copa do Mundo em 1930. Abre de quarta a sexta, das 10h às 18h; e aos sábados e domingos, das 9h30 às 17h30.

O legítimo tango uruguaio

Quem pensa que o tango é só tradição argentina, está enganado. Os uruguaios insistem em dizer que o famoso cantor Carlos Gardel (da conhecida El Dia que Me Quieras) nasceu no interior do país, em Tacuarembó. Verdade ou não, o fato é que esse povo também curte o ritmo e Montevidéu oferece excelentes opções de casas de show.

Por US$ 50, com pacote comprado no próprio hotel, é possível jantar muito bem ao som de tango no El Milongón. Durante o jantar - que inclui entrada, prato quente, sobremesa e vinho -, bailarinos e cantores entoam canções famosas de tango, e também dançam candombe e a milonga, ritmos herdados dos negros africanos.

Além das casas de tango, Montevidéu concentra muitos bares - como o Fun Fun - e boliches (casas noturnas). Principalmente no verão e nos finais de semana, os donos dos estabelecimentos espalham mesas nas ruas, que são logo ocupadas, em sua maioria, por jovens.

No inverno e durante a semana, por outro lado, as opções se restringem a lugares fechados e as ruas ficam completamente vazias por causa das baixas temperaturas.

Mercado do Porto é imperdível

Quem vai a Montevidéu não pode deixar de reservar um dia para passar bons momentos no Mercado Del Puerto (esquina de Pérez Castellanos e Piedras). O antigo mercado, hoje polo gastronômico - parecido com o Mercadão de São Paulo - foi construído entre 1865 e 1869.

O local é composto por algumas lojas de artesanato e vários restaurantes que, entre outros pratos típicos - como empanadas, paella e sanduíches de miga -, serve a famosa parillada. Trata-se de uma mistura de frango, carne de porco, cordeiro e os chinchulines (intestinos), mollejas (glândulas salivares da vaca), fígado, chorizos e verduras.

Os carnívoros adeptos de pratos não tão exóticos podem experimentar a picanha uruguaia que, em geral, vem com batatas fritas e o molho chimichurri (cebola, pimenta, azeite, vinagre, cebolinha, orégano, pimentão e salsinha). Acompanhado por uma taça de médio y médio (mistura de vinho branco e espumante), o prato sai por 450 pesos (R$ 45).

Outra especialidade típica e deliciosa do Uruguai é o chivito, servido no Mercado e em várias lanchonetes, como a La Pasiva. O chivito pode ser normal ou canadense, servido no prato ou no pão. É um sanduíche enorme que vem com filé de frango, queijo, ovo frito, tomate, alface, salada de maionese e batata frita. Um ingrediente em cima do outro. Engorda, mas a experiência vale a pena.




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