A grande concentração de público, que se tornou rotina na Flip (neste ano passaram pelo evento 25 mil pessoas), deverá provocar mudanças na edição do ano que vem para evitar que seja vítima do próprio sucesso. "O clima intimista, que permite contato mais próximo entre autores e leitores, fica comprometido", reconheceu Mauro Munhoz, diretor-geral da feira, que estuda a possibilidade de distanciar os locais em que ocorrem os eventos - atualmente, a Tenda dos Autores, a Tenda do Telão e o espaço para autógrafos ocupam áreas próximas.

Também a data de realização da 8ª Flip deverá mudar por conta da Copa do Mundo da África do Sul, programada entre 11 de junho e 11 de julho de 2010. Por conta disso, a festa literária poderá deslocar-se excepcionalmente para a segunda quinzena de julho.

A busca por patrocínio para viabilizar o encontro (a Flip que terminou domingo custou R$ 5 milhões) promete ser menos árdua que a deste ano, quando alguns apoiadores foram definidos poucos dias antes do início. "Mantivemos uma equipe fotografando todos os eventos para entendermos quais são as possibilidades para estarem presentes no próximo ano e interagir de maneira mais efetiva com o público", afirmou Fernando Chacon, diretor executivo de Marketing do Itaú Unibanco.