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Tecnologia promete acabar com as 'bolas fora'
Nilton Valentim
Do Diário do Grande ABC
15/05/2009 | 07:00
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A tecnologia quer afastar a polêmica das quadras de vôlei. Para acabar com aquelas situações em que todo mundo jura que a bola foi boa e juiz assinala fora (ou o contrário), foi apresentada ontem a bola inteligente. Ela possui em seu interior um chip, que transmite sinais de rádio para seis antenas e aponta o desfecho da jogada, informando ao árbitro principal (por meio de um dispositivo tipo Palm), se ela quicou dentro (luz verde) ou fora (vermelha).

O sistema conta ainda com câmeras de vídeo, que podem projetar as imagens para telões colocados nos ginásios.

"Não é justo investir dinheiro em uma equipe ou tempo de preparação em um ciclo olímpico e perder tudo por culpa de um erro do juiz", apontou o presidente da CBV (Confederação Brasileira de Vôlei), Ary Graça.

A bola inteligente é desenvolvida pela Penalty desde 2005, com um investimento aproximado de R$ 2 milhões, e poderá começar a ser utilizada já na Superliga 2009/2010, que terá início em outubro.

O principal obstáculo é o preço. Hoje o sistema - com bolas, antenas, câmeras e o aparelho do juiz - custa aproximadamente R$ 100 mil e sua operacionalização em torno de R$ 30 mil por jogo.

A bola inteligente foi testada ontem pela equipe do Santander/São Bernardo e aprovada pelo diretor e ex-jogador José Montanaro Júnior. "Ela vai solucionar alguns problemas que já tive na quadra, como a perda de sets decisivos em lances polêmicos. A visão humana não consegue acompanhar a velocidade da bola", afirma o dirigente, lembrando fato ocorrido na decisão da Superliga 2004/05, quando houve um erro em uma das partidas finais contra o Minas.

Os fabricantes garantem que o sistema é à prova de falhas, que não existe similar no mundo e que consegue definir um lance em meio centésimo de segundo.




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