Esportes Titulo Paulistão 2009
Prova de fogo para Azulão e Ramalhão

O primeiro desafio do Grande ABC na abertura do Paulistão será contra o Palmeiras, que pega o Azulão

Do Diário do Grande ABC
18/01/2009 | 07:01
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O Campeonato Paulista começa na quarta-feira em Ribeirão Preto e o Grande ABC estará em evidência no jogo de abertura com o Santo André, vencedor da Série A-2 no ano passado e que terá a primeira prova de fogo diante do atual campeão da elite, o Palmeiras. O São Caetano, que fez campanha modesta em 2008 - foi apenas o 15º colocado - subirá ao gramado no mesmo dia para uma missão não menos ingrata. Enfrentar o Marília na casa do adversário. Mais do que apresentar as novidades para a temporada, o Ramalhão - representado pelo talentoso Marcelinho Carioca e pelos campeões da Copa do Brasil de 2004, Élvis e Dirceu - e o Azulão, com as estrelas do técnico Vadão e do atacante Tuta, terão pela frente a força dos grandes do futebol paulista e nacional. O Corinthians é o time a ser batido após a contratação do atacante Ronaldo, sem dúvida o protagonista do Estadual. O clube ainda se reforçou com outros personagens de respeito, como Souza, ex-Flamengo, e Jorge Henrique e Túlio, ex-Botafogo-RJ. O São Paulo é outro que promete dar trabalho. Além de manter a base hexacampeã brasileira de 2008, a diretoria trouxe de presente para o técnico Muricy Ramalho o matador Washington e os volantes Arouca e Eduardo Costa, entre outros. O Santos foi às compras para apagar o vexame na Série A do Brasileiro no ano passado. Da relação de contratados, merecem destaque os laterais Luizinho e Triguinho, o zagueiro Paulo Henrique, os meias Lúcio Flávio e Madson e os atacantes Bolaños e Roni - o ala Léo deve assinar contrato amanhã.

O Palmeiras é a grande incógnita do Estadual. O técnico Vanderlei Luxemburgo ficou quase sem um time inteiro - Kléber, Alex Mineiro, Martinez, Leandro, Denílson, Roque Júnior e Élder Granja são alguns que já não defendem mais o clube. O meia Marquinhos, ex-Vitória, e o atacante Keirrison, ex-Coritiba, são as apostas. O desafio do Paulistão está lançado. Salve-se quem puder!

Paulista de alto risco para o Grande ABC

Se para São Paulo, Corinthians, Palmeiras e Santos o Campeonato Paulista deve ser uma espécie de preparação às demais competições que disputarão simultaneamente, para Santo André e São Caetano o Estadual representa um duro desafio em que a permanência na competição pode se tornar o principal prêmio ao final das 19 rodadas da primeira fase.

O Azulão, por exemplo, amargou a 15ª posição no ano passado e ficou apenas três pontos acima da zona do rebaixamento. O Ramalhão, em contrapartida, vem da Série A-2, na qual sagrou-se campeão, mas tem a seu desfavor o retrospecto das equipes que sobem para a elite paulista. Nos últimos cinco anos, três clubes foram rebaixados logo na temporada seguinte ao acesso: Oeste em 2004, Inter de Limeira em 2005 e Rio Preto em 2008.

O consolo para os dois times do Grande ABC é que nos últimos anos as equipes de fora da Capital têm conseguido se aproveitar dessa visível falta de interesse dos chamados grandes clubes do Estado pelo Paulistão. O São Caetano, inclusive, como um deles em 2007, quando foi vice-campeão - na decisão acabou derrotado pelo Santos. Naquele mesmo ano, o Bragantino surpreendeu e chegou às semifinais. Em 2008, as surpresas do Interior foram Ponte Preta e Guaratinguetá e a Macaca foi vice-campeã após perder para o Palmeiras na final.

Esse ano, a principal novidade fica por conta do Barueri, que terá três técnicos: Toninho Moura, Luis Carlos Goiano e Diego Cerri. Outros times se destacam pelas contratações. O Guarani, por exemplo, voltará a contar com o atacante Amoroso depois de 12 anos. O Mogi Mirim, com Rivaldo na presidência, repatriou o meia Giovanni, ex-Santos e Barcelona.

DINHEIRO
A FPF (Federação Paulista de Futebol) promete ser mais rigorosa esse ano e, para fazer valer o regulamento, instituiu sanções financeiras. Os clubes que não fixarem a escalação na porta do vestiário 45 minutos antes do jogo pagarão multa de R$ 5 mil. Já quem não perfilar seus jogadores até seis minutos antes do início da partida para a execução obrigatória do Hino Nacional desembolsará R$ 10 mil. Até o ano passado, essas duas infrações não eram passíveis de multa.

Outros artigos do regulamento soam como ameaçadores às equipes. Um deles prevê que o clube que não regularizar dívidas trabalhistas com atletas será denunciado ao Tribunal de Justiça Desportiva.

Em contrapartida, a FPF distribuirá mais de R$ 3 milhões em premiação, sendo R$ 2 milhões só para o campeão.




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