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Modelo da China traz riscos, diz ex-assessor do PBoC
08/02/2013 | 02:14
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A China ainda está confiando em investimentos dirigidos pelo Estado para sustentar seu crescimento, uma estratégia que traz riscos de longo prazo, escreveu o ex-assessor do Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês), Yu Yongding, em um artigo para o China Securities News nesta sexta-feira.

Depois que a política monetária foi restringida para controlar a inflação, a economia chinesa começou a desacelerar no primeiro trimestre de 2011, mas a extensão da desaceleração superou as expectativas em maio de 2012, levando Pequim a cortar as taxas de juros e aprovar a aceleração de projetos de investimento, disse Yu, que fazia parte do comitê de política monetária do PBoC.

"Quando o governo usa seu espaço para promulgar políticas monetárias expansionistas ou fiscais, é apenas uma questão de tempo até que a economia se recupere", disse Yu. "Não há dúvida de que em 2013 a China ainda seguirá este antigo modelo de crescimento".

Mas esta estratégia tradicional traz riscos no longo prazo, uma vez que compromete o objetivo final de mudar o modelo de crescimento e se afastar da dependência do investimento, disse ele.

Os formuladores de políticas devem também ficar de olho nos riscos financeiros que poderiam criar um choque para o sistema, incluindo uma bolha no mercado imobiliário, afirmou Yu no artigo.

A proporção de M2 - medida mais ampla da oferta de moeda da China - sobre o Produto Interno Bruto já é de mais de 180%, o mais alto do mundo, disse ele, acrescentando que a alavancagem no setor empresarial supera 120% do PIB. As informações são da Dow Jones.




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