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Protestos param Anchieta, Rodoanel Sul e Tibiriçá

Trânsito foi desviado para dentro de São Bernardo, o que provocou congestionamentos

Do Diário do Grande ABC
02/07/2013 | 07:00
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Protestos de caminhoneiros autônomos provocaram bloqueios na Via Anchieta por cerca de 12 horas ontem. As manifestações provocaram congestionamentos em São Bernardo, já que o trânsito foi desviado para dentro da cidade. A principal reivindicação da categoria é a revogação da cobrança de pedágio sobre o eixo suspenso dos caminhões. Também é exigida a aplicação de subsídios para que seja reduzido o preço do diesel.

O primeiro ponto de interdição foi feito às 7h30 no km 23 da Anchieta, próximo ao bairro Demarchi. Foram feitos bloqueios nos dois sentidos da rodovia, mas as faixas da esquerda estavam liberadas para a passagem de veículos de passeio. A Castello Branco foi fechada por 15 horas.

Por volta das 19h30, outro grupo bloqueou o km 18 da Anchieta, em São Bernardo, formando dois pontos de retenção. A via só foi totalmente liberada às 20h30. As pistas foram reabertas de forma espontânea, sem necessidade de ação policial. De lá, os participantes do ato seguiram em passeata até o Paço Municipal pelas avenidas Lions e Senador Vergueiro (leia mais na página 3). Apesar de o movimento ter sido pacífico, alguns manifestantes deixaram pela rodovia rastro de pichações e placas destruídas.

Sindicatos de transportadores autônomos negaram apoiar a paralisação, e afirmam que o protesto foi organizado por empresários. Em nota, o presidente da Unicam (União Nacional dos Caminhoneiros), José Araújo da Silva, o China, diz que o setor patronal utiliza os trabalhadores para atingir “interesses próprios”.

O diretor do Sindicam (Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens do Estado de São Paulo) Bernabé Rodrigues Gastão afirma que a entidade também não participou dos atos. “A cobrança pelo eixo elevado foi suspensa. Não teria sentido protestar.” O Movimento União Brasil Caminhoneiro foi um dos únicos que admitiu apoio. O Diário procurou a instituição, mas não obteve resposta.

Ontem, a Artesp (Agência de Transportes do Estado de São Paulo) afirmou que não iniciou ontem a cobrança pelos eixos suspensos porque ainda dependia de “conclusão de medidas jurídicas e técnicas”. Ainda não há data para implantação. Na semana passada, a agência havia prometido iniciar ontem a tarifação dos eixos elevados – que não ficam em contato com o solo – em R$ 21,20 cada.

De manhã, outra manifestação provocou do Trecho Sul do Rodoanel no km 46, em Itapecerica da Serra. As 70 pessoas que participaram do ato reivindicavam a abertura de alça de acesso do anel viário para a Rodovia José Simões Louro Júnior (SP-214), em Embu-Guaçu. Segundo organizadores, a criação do trevo foi prometida em 2011 pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB).

À noite, grupo de cerca de 60 manifestantes bloqueou o km 38,5 da Rodovia Índio Tibiriçá, em Santo André. Para evitar cair no congestionamento, motoristas faziam retorno pelo sentido contrário.

(Drielly Gaspar, Fábio Munhoz, Natália Fernandjes e Rafael Ribeiro) 




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