Cíntia Bortotto Titulo
O RH e as redes sociais

Hoje em dia é difícil pensar em um mundo desconectado, e o poder da rede social pode ser comparado com o poder do antigo "boca a boca"

Cíntia Bortotto
17/10/2011 | 00:00
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Hoje em dia é difícil pensar em um mundo desconectado, seja por um comando no Google que lhe traz inúmeras informações acerca de uma palavra chave digitada, seja através de redes por meio das quais as pessoas se relacionam, se encontram, trocam informações, fotos, fofocas, enfim, atualizam-se de informações.

O poder da rede social pode ser comparado com o poder do antigo "boca a boca". Sabe quando não gostávamos de algo ou éramos mal atendidos e falávamos para nossos amigos? Pois é, na rede social acontece o mesmo, com o agravante que temos muitas conexões, pois elas vão além do físico, do encontro. Outro ponto é que, se um fator relevante para a informação é a credibilidade do interlocutor, imagine se alguém da sua família, ou amigo próximo publica algo, você não vai parar para pensar?

As empresas estão se adaptando a esse contexto. Desde processos seletivos, até a possibilidade de os funcionários navegarem em suas redes sociais no ambiente de trabalho, chegando até a processos mais robustos de criação e desenvolvimento como o Crowdsourcing, tudo isso vem fazendo parte da realidade corporativa. O fato é que as redes sociais invadiram nosso cotidiano, e quem não ceder a elas perderá uma chance importante de comunicação, principalmente com as gerações Y e Z.

JANELA DE OPORTUNIDADES - Conheço muitos profissionais da área de RH que checam redes sociais de candidatos antes de contratarem. Essa prática tem sido muito comum como forma extra de verificar referências. Afinal, se a informação é pública, porque não checar? Normalmente, isso é feito no fim do processo seletivo, a não ser que a pessoa seja indicada na própria rede social. Se isso ocorrer, normalmente o acesso ao perfil já é feito no início do processo.

Assim, as redes sociais podem ajudar muito na busca de uma nova oportunidade de trabalho. Para tanto, são importante dois movimentos: A) Deixar que os outros saibam que você quer uma oportunidade. Obviamente, você só deve divulgar isso abertamente após já ter tido uma conversa com seu chefe sobre o assunto. Se esse assunto é velado entre vocês, divulgue de forma cautelosa; B) Mostrar o que você tem feito e sobre o que você sabe ou pode contribuir.

SETE DICAS PARA NÃO ERRAR - Para utilizar as redes sociais a seu favor lembre-se de algumas dicas:

1) Mantenha seus perfis atualizados;

2) Não utilize esses ambientes para difamar nada nem ninguém; páginas em que as pessoas podem ter acesso às suas opiniões ajudam a formar uma imagem de você, portanto, tome cuidado;

3) Não entre em comunidades que possam denegrir a sua imagem. Pense assim, se isso fosse colocado na primeira página do jornal de amanhã, como eu me sentiria? Se a resposta é "não gostaria", não entre na comunidade, ou não escreva o que você está pensando;

4) Cuide do excesso de exposição; fotos em trajes mais íntimos, por exemplo, devem ser evitadas;

5) Seja adepto de causas nobres, que possam ajudar outras pessoas ou o planeta;

6) Reveja contatos; utilize as redes sociais como forma de networking, contando o que você está fazendo e aproximando relações;

7) Demonstre capacidade de se posicionar, normalmente isso possibilita às pessoas o conhecerem. 

PERMITIR OU NÃO? - As redes sociais têm sido utilizadas até para enfatizar a imagem corporativa. Algumas empresas permitem livre acesso às redes, outras não, mas é importante ter clareza de que, quando você está na empresa, em geral, os ambientes que envolvem tecnologia da informação são monitorados, até para a própria defesa de conteúdos da companhia. Portanto, cuidado: tudo o que você faz pode ser visto, e se não foi visto, pode ser resgatado quando se quiser.

As empresas que permitem acesso às redes e a ferramentas como o MSN aceleram os processos comunicativos e podem sair na frente quando falamos de acesso à informação. Isso no ambiente em que estamos hoje pode ser um diferencial competitivo. Outra vantagem é que essa é a linguagem das gerações Y e Z e sabemos que, em breve, a geração Y estará em várias das posições de poder dentro das empresas. A geração Z, por sua vez, em breve será entrante no mercado de trabalho.

Não vejo como fugir do movimento de aderência dessas ferramentas e desse modo de se relacionar. Confio que as oportunidades suplantem as dificuldades que podem ser encontradas. Siga confiante e boa sorte!




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