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Autoridade Palestina congela contas do Hamas
Da AFP
28/08/2003 | 12:41
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A Autoridade Palestina congelou esta quinta-feira as contas bancárias de seis órgãos com finalidade social vinculados ao movimento islamita radical palestino Hamas, informaram fontes desse movimento. Segundo o ministro da Informação, Nabil Amr, a Autoridade adotará outras medidas contra os grupos radicais.

A iniciativa abrange cerca de quarenta filiais dos seis órgãos, incluindo a Associação Islâmica e El Mojama, associação fundada por Ahmed Yassin, chefe espiritual do Hamas. Estas fundações ajudam financeiramente famílias palestinas carentes.

Nenhuma confirmação do bloqueio de contas foi fornecida pela Autoridade Palestina, pressionada para atuar contra os movimentos radicais palestinos.

Abdelaziz Al-Rantissi, um dirigente político do Hamas, denunciou o bloqueio dessas contas. "Esta iniciativa da Autoridade Palestina foi tomada sob pressão dos norte-americanos e dos sionistas", declarou.

Apoio - Quase duas mil mulheres e crianças palestinas protestaram contra a decisão de Washington de congelar os fundos de associações humanitárias que dão apoio financeiro ao movimento radical Hamas, esta quinta-feira em Gaza.

Os manifestantes, que exibiam cartazes com frases - em árabe, inglês ou francês - como ‘não somos terroristas’ e ‘queremos comer’, afirmaram que são totalmente dependentes da ajuda concedida pelas associações islâmicas.

“Ninguém me ajuda, a não ser a instituição islâmica. Sem ela, não recebo nenhuma assistência para criar meus oito filhos", explicou Saada Dalul, uma das mulheres participantes no protesto. A manifestante Mukaram Keriet disse que a cada mês as diversas associações do Hamas pagam mais ou menos mil shekels (200 euros) para ajudar sua família, composta por seu marido cego e seus 21 filhos. As fundações islâmicas também compram os uniformes escolares de 19 de seus filhos.

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, anunciou no dia 22 de agosto novas normas de endurecimento das sanções financeiras contra o Hamas, depois que o movimento reivindicou a autoria do atentado de 19 de agosto contra um ônibus em Jerusalém.




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