No Brasil, porém, a legislaçao nao permite que um condenado permaneça mais do que 30 anos na prisao e há uma série de benefícios que podem ser usados para a reduçao da pena. Os processos contra o ex-deputado estao em fase inicial de instruçao.

"Nao existem provas ligando diretamente o Hildebrando aos assassinatos", afimou Oscar Luchesi, advogado do ex-deputado. A estratégia da defesa foi mostrada em novembro, quando foi apresentada, viva, uma das prováveis vítimas do esquadrao da morte supostamente liderado por Hildebrando.

Os procuradores da República que assinaram as denúncias aceitas pela Justiça Federal continuam sustentando que as provas existem e sao suficientes para conseguir a condenaçao dos réus. Os promotores estaduais também viveram dias difíceis. Três testemunhas de acusaçao no processo instaurado para apurar os autores da morte do policial civil Jonaldo Martins recusaram-se a depor.

O primeiro golpe sofrido pelo MPE ocorreu em novembro, quando os laudos do Instituto Médico Legal nao mencionaram o uso de motosserra no homicídio de Agílson Santos Firmino, de 25 anos, o Baiano, assassinado por recusar-se a informar o esconderijo de José Hugo, que matou a tiros um dos irmaos de Hildebrando.

Segundo testemunhas, Baiano teve os braços e as pernas cortados por uma motosserra antes da execuçao. O juiz da 2ª Vara do Júri, Marco Antônio Nunes Barbosa, deve pedir a exumaçao do corpo de Firmino.

Hildebrando Pascoal deverá ficar no Acre pelo menos até terça-feira, quando terá de acompanhar nova audiência na Justiça. A previsao inicial era de que Hildebrando e os presos considerados mais perigosos retornassem neste sábado a Brasília.

O governo do Acre pretende concluir até este domingo as obras de adaptaçao no Centro de Formaçao de Praças da Polícia Militar, onde funcionará o presídio especial para os 39 presos acusados de integrar o grupo de extermínio e a quadrilha de narcotráfico no Acre.