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O compromisso social da informação
Do Diário do Grande ABC
16/02/2022 | 00:01
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A princípio, o papel social da imprensa seria relatar a verdade sobre os fatos, onde a objetividade do material analisado permitiria a reflexão do indivíduo sobre o intermédio da narrativa midiática em si. Nas últimas duas décadas, a credibilidade dos grandes grupos de comunicação sucumbiu à audiência proporcionada pelas redes sociais, onde não só a figura do influenciador digital, mas todo contexto comunicacional digital, passou a se tornar um padrão de “novo jornalismo”.

O tradicional modelo de comunicação vigente no último século se tornou apenas um espectro do passado, fato que possibilitou a ascensão de uma nova organização na forma como uma informação é recebida, decodificada e interpretada. O potencial de influência das redes sociais em relação à democratização de conteúdo relevante e confiável acabou reduzindo-se ao vício em atividades digitais que desencadeiam sinapses em nosso cérebro ligadas a sensações de prazer e recompensa. 

Assim, o compromisso social da informação parece ter perdido seu valor, induzindo o processo jornalístico a deixar os fatos de lado e priorizar dois fatores: os resultados quantitativos provenientes de métricas e a imprudência no processo de criação jornalística, fundamentada na desesperada procura pela conversão de atenção em cliques e likes. 

As redes sociais permitiram não só a expectativa dos 15 minutos de fama para seus usuários, mas incentivou a disparidade de opiniões de uma maneira antidemocrática e, por consequência, o processo de formação crítica do indivíduo foi alterado por meio de três fatores, principalmente: a isenção das empresas responsáveis perante o teor do conteúdo que circula no ambiente virtual, a restrição de acesso à variedade de informações através de filtros ou por intervenção de algoritmos, levando a individualização da subjetividade alimentada pelo espetáculo social no meio digital.

Logo, o ciberespaço se tornou um ambiente de fala vazia através de falsos diálogos democráticos que mais se assemelham a uma válvula de escape de insatisfações, preconceitos e misoginia. O conhecimento e o saber são apenas simulacros esvaziados de seu sentido original, fomentando até mesmo a terceirização das opiniões críticas de cada um. A ignorância dos espectadores nasce daquilo que o espetáculo ensina.

Ivan C. Cavassani Junior é comunicador social, especializado em produção audiovisual digital e doutorando em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo).

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Palavra do leitor

Bolsonaro e TV – 1

E depois dizem que o Brasil vai virar uma Venezuela. Ora, quem não renovou o contrato de emissora de TV foi o (Hugo) Chávez (Em entrevista, Bolsonaro cita dificuldades para renovar concessão da Globo). Duvido Bolsonaro conseguir cassar a concessão! Cortina de fumaça e alimento para os seus fanáticos seguidores.

Fabio Berkenbrock
do Facebook

Bolsonaro e TV – 2

Tantas coisas importantes que poderia fazer, se vangloriar, mas fica se achando com esse tema. Vai trabalhar! Até agora não falou das rachadinhas de sua família e dos cheques na conta da (mulher) Michele. Estamos de olho.

Marcelo Santos
do Instagram

Bolsonaro e TV – 3

Mais fácil ele perder a reeleição e ir para a cadeia do que cassar a concessão da Globo. Será que esse embuste – sendo capitão do Exército, não sabe destravar uma arma – vai conseguir fechar a Globo</CS>?</CW>

Marcos Almeida
do Facebook

Sequelas

Tive Covid e o pós foi muito traumático (Ômicron dispara alerta nos sistemas de saúde para picos de caso de Covid longa). Tive fadiga muscular crônica, não conseguia caminhar direito, não tinha força para falar nem para me alimentar sozinha. Banho, então, nem se fala! Fiquei em pânico. Para ajudar, moro no Interior e o Sol, intenso, piorou ainda mais minha situação. Fui para o hospital, mas só perdi tempo e esperança. Até que consegui médica abençoada, mandada por Deus e que, para não tomar antidepressivo, receitou 500 mg de quercetina, de oito em oito horas por um mês. Coloquei fé tão absurda que depois de um mês de luta posso dizer que estou 95% bem e faço tudo sozinha novamente. Consegui engordar dois quilos dos sete que havia perdido. Não me importo de ter perdido um pouco de cabelo, de estar flácida, de ter envelhecido uns dez anos diante de tudo que passei. Estou recomeçando a vida, graças a Deus. Só Deus e os que estiveram próximos sabem o que passei, foi luta diária.

Elisa Nabarrete
do Facebook

Turismo

Fizeram aquele 17 no dia da eleição, agora não tem governo, só motoqueiro (Turismo tem perdas de R$ 474 bilhões em dois anos de pandemia no País).

Luis Oliveira
do Facebook

Anticorpos

Que assim seja (Seis a cada dez crianças testadas em Santo André têm anticorpos da Covid). Senhor Jesus, tenha misericórdia, para dar tudo certo com essas crianças. Parabéns para cada pai dessas crianças em teste.

Maria Eleuza
do Facebook

Palmeiras

Em 51 o ‘mundial’ foi da ‘chupeta’, para calar a boca dos chorões pelo fiasco de 1950, o vexame do Maracanã (Palmeiras é derrotado pelo Chelsea na prorrogação e adia sonho do mundial). Assim o brasileiro ficaria feliz com um título internacional, e que não é reconhecido até hoje. E nunca será.

Sérgio Savioli Cavalcanti
do Facebook

Carne

Agronegócio tentando reeleger o ‘bozoasno’ é capaz até de baixar o preço da carne (Preço da carne bovina ficará estável e da suína continuará em queda no primeiro semestre). Mas só até a eleição, depois a farra de exploração do povo recomeça.

Márcia Costa
do Facebook

Perturbação

Na pracinha ao lado da Coop Perimetral, em Santo André, tem vários bares (Santo André lacra prédio e fecha dois bares por barulho excessivo). E de sexta-feira e sábado parece show, de tanta gente fazendo bagunça, usando drogas e perturbando os moradores. Já fizeram abaixo-assinado e nunca resolvem isso. Não sabemos o que fazer! Alguém tem que fazer algo, Alô, Paulo Serra, dá para agir?

Laíza Lima
do Instagram




Comentários

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