Política Titulo São Bernardo
Camolesi defende manutenção de verba de representação
Daniel Tossato
20/02/2021 | 05:18
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Presidente da Câmara de São Bernardo, Estevão Camolesi (PSDB) defende a manutenção das verbas de representação e da função gratificada, benefícios que acabam turbinando em até 50% os salários dos servidores que atuam casa.

Conforme o tucano, os bônus nos vencimentos são necessários, já que são repassados a colaboradores que criaram vínculo “de extrema confiança” com a presidência do Parlamento. “(É uma verba) Necessária, porque são cargos extremamente de confiança, que não têm horário para trabalhar. Eu despacho com eles entre 22h e 23h. É muito comum. Tratam de processos que são sigilosos, no início, e que depois partem para o conhecimento público”, declarou Camolesi.

Os benefícios estão em meio à polêmica após o Diário mostrar que uma das servidoras da casa que atuam na mesa diretora por meio de função gratificada recebe salário de mais de R$ 36 mil, valor mais alto do que o contracheque do prefeito da cidade, Orlando Morando (PSDB), que recebe R$ 30 mil – situação que confronta o que diz a Constituição Federal, que estabelece os vencimentos do prefeito o teto do funcionalismo público de uma cidade. Após veiculação da reportagem, Camolesi afastou a servidora da mesa, reduzindo os ganhos da funcionária em R$ 6.000 aproximadamente.

O presidente da Câmara alegou que se sustenta em estudo do Ministério Público que entendeu que a manutenção da verba de representação e da função gratificada acaba gerando lucro ao Legislativo. “Se eu não o fizer (continuar pagando os benefícios), em vez de um (funcionário), terei que contratar dois (funcionários). Então essa verba (de representação) é como se eu pagasse um e meio, em vez de pagar dois. Se contratasse dois (funcionários), eu amentaria o gasto da Câmara. Estou fazendo isso visando economicidade. E o Ministério Público entendeu isso (que gera economia)”, sustentou o tucano.

Ao todo, 12 servidores que atuam na Câmara recebem as verbas de representação. Em janeiro, cerca de R$ 75 mil foram gastos com os benefícios adicionais. 




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