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Crise aumenta interesse de jovens pela política
Sérgio Vieira
Do Diário do Grande ABC
18/07/2005 | 08:32
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Muitos não têm carteira de motorista, ainda moram com os pais e às vezes nem possuem título de eleitor. Mas já mostram consciência de sua importância na sociedade e sabem que podem contribuir, cada a um a seu modo, para mudar um pouco o mundo onde vivem. Sempre que surge uma nova crise política, parece que essa consciência aumenta. Independentemente de classe social, jovens estão procurando nos partidos políticos um caminho para expor seus ideais e objetivos.

Alguns até almejam cargos políticos. Outros dizem que isso é conseqüência do trabalho desenvolvido. O fato é que, apesar da ideologia, a política tem sido uma alternativa para que muitos adolescentes encontrem respostas sobre o que acreditam ser o melhor para a sociedade.

O exemplo recente mais marcante da participação dos jovens na política foi em 1992, durante o processo que resultou no impeachment do então presidente Fernando Collor. O movimento - que ficou conhecido como cara-pintadas - evidenciou o posicionamento político dos estudantes na ocasião. O presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes) naquela época, Lindberg Farias, seguiu o caminho da política e, após ter assumido o cargo de deputado federal pelo PT, foi eleito prefeito de Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro, nas eleições do ano passado. Mas um grupo defende que aquele movimento tenha sido manipulado. Outros acreditam que as lutas de hoje sejam por outros motivos.

Mesmo com o histórico de participações populares, há quem ache que os jovens não têm a credibilidade para representar a sociedade em um partido político. O trabalho para muitos é desmistificar essa história.

O Diário foi ouvir o que tinham a dizer jovens representantes de correntes distintas: o PSDB e o PT. A juventude petista de Diadema acredita que alcançou vitórias e influenciou em muitas decisões dos poderes públicos. Pelo menos um terço do mais de seis mil filiados do PT em Diadema são jovens.

Constituídos em pelo menos 80 cidades em São Paulo, a juventude do PSDB tem mais de 800 membros dos 16 aos 32 anos no estado, faixa etária considerada jovem pelo partido. Em Mauá, jovens tucanos falam da necessidade de se posicionar na sociedade.




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