Política Titulo São Caetano
Auricchio admite estar fora da cadeira em carta para a população

Prefeito diz que espera recursos para ver validados os votos; presidente da Câmara administrará a cidade interinamente

Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
30/12/2020 | 00:08
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O prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior (PSDB), divulgou carta aberta à população na qual admite que estará fora da cadeira de chefe do Executivo na sexta-feira.

Reeleito no voto no dia 15 de novembro, Auricchio teve o registro de candidatura indeferido pela juíza Ana Lúcia Fusaro, da 166ª Zona Eleitoral de São Caetano, punição mantida por unanimidade pelo TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo). Assim, os 42 mil votos recebidos estão sub júdice. Aposta de reversão do cenário é no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

O tucano, que ao Diário tinha reconhecido a possibilidade de iniciar o ano fora da cadeira, disse que aguardará a eleição para presidente da Câmara, em pleito na sexta-feira. O futuro comandante do Legislativo vai ser prefeito interino.

“O desejo soberano da população para que continuássemos a governar São Caetano foi conquistado com o apoio de 42.842 votos das pessoas que aqui vivem. Entretanto, venho a público, com a transparência e a responsabilidade que sempre pautaram a minha relação com você, informar que precisaremos vencer etapas para que esta vontade popular seja concretizada. Aguardo confiante o julgamento do registro de candidatura, já que não incide em meu desfavor qualquer hipótese de inelegibilidade. Acredito na Justiça”, escreveu.

O indeferimento do registro de candidatura de Auricchio tem como base condenação sofrida por ele em caso que remonta à eleição de 2016. À ocasião, sua campanha de retorno ao Palácio da Cerâmica recebeu doações eleitorais de pessoas que, conforme o Ministério Público, não tinham condições financeiras. Ele foi condenado, mas, neste ano, conquistou recurso eleitoral com efeito suspensivo concedido pelo presidente do TRE-SP, Waldir Nuevo Campos, medida essa que segue válida e o impede de sair da cadeira.

“Em razão do adiamento das eleições, decorrente da pandemia da Covid-19, e, consequentemente, dos prazos reduzidos, o julgamento deste processo adentrará o ano de 2021, impossibilitando, portanto, a minha diplomação e posse como prefeito reeleito de São Caetano – pela vontade soberana da população – até que o caso seja julgado em definitivo nas instâncias superiores da Corte Eleitoral. Respeitando as leis e confiando na Justiça, aguardarei as decisões, enquanto o presidente da Câmara, eleito pelos próprios vereadores no próximo dia 1º de janeiro, conduzirá os destinos da cidade como prefeito interino, até que esta pendência jurídica seja resolvida pelos tribunais eleitorais. Sigo, serenamente, confiando em Deus, na Justiça e na minha inocência”, encerrou o tucano. 




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