Economia Titulo Efeito pandemia
Natal deve ter movimento 20,5% menor que em 2019

Segundo levantamento da Metodista, compras podem atingir R$ 237 milhões no Grande ABC

Por Soraia Abreu Pedrozo
Do Diário do Grande ABC
11/12/2020 | 00:05
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DGABC


As compras de Natal no Grande ABC devem ser mais ‘magras’ neste ano. Devido à pandemia do novo coronavírus e à crise trazida pelo cenário, com alta do desemprego e redução da renda da população na região, são esperados gastos 20,5% menores, já descontada a inflação estimada para o período, de 4,31%, que totalizam R$ 237 milhões.

Os dados integram a PIC (Pesquisa de Intenção de Compras), da Universidade Metodista de São Paulo.

O tombo na intenção de gastos só não é pior do que o registrado em 2015, de 25%, quando também havia turbulência na economia e o PIB (Produto Interno Bruto) do País havia retraído 3,5%, segundo o coordenador de estudos do Observatório Econômico da Metodista, Sandro Maskio.

Neste ano até setembro, o PIB já registrou queda de 3,4%. E, no terceiro trimestre de 2020, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) registrou taxa de desemprego de 14,4% e de 30,3% de subutilização da força de trabalho. “A conjuntura econômica singular deste ano, marcado pela pandemia e por restrições impostas à atividade econômica, explica o cenário. O mercado de trabalho está horrível. Só no Grande ABC foram perdidos 19 mil postos de trabalho formais até outubro”, assinala Maskio.

Considerando o valor que deve ser movimentado pelas compras de Natal na região, de R$ 237 milhões, há retrocesso a 2012, o pior ano desde então. Tanto que, em 2020, 25% dos entrevistados não pretendem presentear na data.

Quanto aos consumidores do Grande ABC que irão comprar presentes, o preço médio que revelaram estar dispostos a pagar por item é R$ 129 – queda real de 6,3% se comparado aos R$ 132 da PIC do ano passado.

Com relação aos gastos totais planejados para o Natal (mais de um presente), os entrevistados disseram que pretendem desembolsar R$ 393, sendo que em 2019 eram R$ 412, redução real de 8,5%.

Os principais presenteados em 2020 serão mães (18,9%), pais (11,8%), irmãos (11%) e filhos (9,4%). Dentre os itens mais procurados estão vestuários/calçados (29,7%), brinquedos (14,3%), perfumes/cosméticos (12,6%) e livros (5,7%).

Em meio à pandemia, a internet lidera o local preferido de compras (29,9%), seguida por shoppings (28,9%) e comércio de rua (25,4%).

A PIC foi realizada entre 7 e 27 de novembro e entrevistou 323 consumidores.
 




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