Política Titulo Sem festa do chocolate
Economia com festival gera polêmica em Ribeirão

Kiko disse que dinheiro custearia obras do Hospital Santa Luzia, mas cobre só 20% do total

Por Daniel Tossato
Do Diário do Grande ABC
13/07/2020 | 00:01
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A decisão do prefeito de Ribeirão Pires, Adler Kiko Teixeira (PSDB), em tentar transformar uma medida negativa, como o cancelamento do Festival do Chocolate neste ano, em algo positivo, que seria investir o recurso para tirar o Hospital e Maternidade Santa Luzia do esqueleto, causou polêmica no meio político da cidade.

Em especial porque, poucos dias antes de Kiko utilizar as redes sociais para anunciar a suspensão do tradicional festejo municipal e dizer que seria economizado R$ 1,5 milhão com a decisão, a Prefeitura havia publicado que despenderia R$ 7,9 milhões para concluir o projeto – o contrato com a Obra Nobre Construtora Ltda teve início dia 26 de junho.

Ou seja, o dinheiro que seria utilizado para o festival cubrirá apenas 19% do recurso para o equipamento de saúde.

O prefeito fez a relação da verba do festival com o hospital em vídeo divulgado em suas redes sociais no dia 1º de julho em que aparece ao lado da secretária de Obras, Melissa Duaik, do secretário de Saúde, João Gabriel Vieira, e de diretores da empresa Obra Nobre, vencedora da licitação para realizar a construção do equipamento. Na sequência, Kiko assina ordem de serviço.

“Como nós não faremos o Festival do Chocolate neste ano por causa da pandemia, nós vamos usar este recurso, que seria usado para esta festa, festa tradicional da cidade, para dar início a essas obras e salvar esta construção, que é uma construção que foi feita com o dinheiro público”, disse o prefeito, em frente ao hospital.

Pelo contrato com a Obra Nobre, as intervenções tiveram início dia 23 de junho e precisam sem entregues em 365 dias. O projeto contava com aporte do governo do Estado, no valor de R$ 8 milhões. O Palácio dos Bandeirantes, porém, avisou que não repassará o montante devido à pandemia da Covid-19.

Segundo a Prefeitura, a destinação do R$ 1,5 milhão economizado com o cancelamento do festival não representa nova despesa. E que, em razão da inviabilidade do repasse da verba estadual, precisou abrir crédito especial e empenhou R$ 1,5 milhão para a retomada de obras. O projeto teve início em 2008, na gestão Clóvis Volpi (PL). 




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