Que os funcionários públicos de São Bernardo não receberiam nenhum centavo de reajuste de salário, disso ninguém duvidava, apesar de o tema ter sido promessa de campanha do então prefeiturável Luiz Marinho (PT). Mas os trabalhadores da administração municipal ficaram ontem mais assustados do que decepcionados quando receberam o holerite. Pregado com o documento, estava uma carta de um banco sugerindo empréstimo consignado em até 48 meses.
Obviamente que uma mensagem dessas ao funcionalismo só é enviada com o aval da Prefeitura. O curioso é Luiz Marinho permitir que essa "proposta" chegue ao quadro de funcionários no mesmo mês em que disse "não" várias vezes ao Sindicato dos Servidores, quando o assunto era aumento de salário. O papel, sugerindo que os servidores fiquem um pouco mais endividados, chegou a ser interpretado como "brincadeira de mau gosto". Fica só uma questão: será que os integrantes do primeiro escalão receberam a tal sugestão?

Bastidores

Fora do expediente
Moradores do distrito de Riacho Grande, de São Bernardo, estão descontentes com alguns servidores que, segundo eles, estariam frequentando bares em horário de expediente. Atenção, Prefeitura!

Sem prestígio
Considerado nome técnico dentro do PT, o ministro do Turismo, Luiz Barreto, não atraiu nenhum político do partido ao almoço-debate, promovido pelo Lide (Grupo de Líderes Empresariais), em que ele foi convidado especial. Nem mesmo Marta Suplicy, de quem Barreto é considerado pupilo.

Boquinha
Em Diadema, um velho hábito se mantém há anos, independentemente de mudança de legislatura: o tradicional lanche vendido, ao lado do plenarinho, que atrai praticamente todos os parlamentares. O boca nervosa da vez é Célio Lucas de Almeida, o Célio Boi (PSB), que não dispensa uma torta entre uma discussão e outra. Na legislatura anterior, o título pertencia ao tucano Lauro Michels.

No ninho tucano?
Sem legenda desde que se desfiliou do PV, após série de acusações referentes ao seu último mandato, o ex-prefeito de Mauá Leonel Damo iniciou um namoro com PSDB, partido a que já pertenceu. Como não pretende mais disputar eleição e sim ajudar a filha Vanessa Damo a reeleger-se deputada estadual, Damo tem dito a amigos que não tem pressa para decidir se aceita ou não o convite para voltar ao partido do governador de São Paulo José Serra, de quem é amigo.