Pelo menos em tese, o técnico Sérgio Guedes tem a receita para que o Santo André retome a briga pelo G-4, o grupo dos primeiros colocados na tabela do Brasileirão. Segundo ele, é preciso que o time recorra à aplicação para retomar o embalo das primeiras rodadas. Guedes aponta alguns motivos que o levam a pedir redobrada superação ao grupo na temporada nacional.

Entre eles, a pesada maratona de jogos, os erros das arbitragens e o próprio equilíbrio do campeonato. "Nem seria necessário lembrar que perdemos provavelmente de seis a sete pontos provocados pelos equívocos dos juízes. Não diria que houve maldade, mas todos viram que fomos claramente prejudicados. Também vamos encarar muitas dificuldades, como a sequência de jogos (no total, seis apenas neste mês) e o próprio nivelamento do campeonato. Sei que não adianta reclamar. Então, só nos resta trabalhar", sugere Guedes, que decidiu encerrar a polêmica sobre o gol anulado do zagueiro Cesinha, de cabeça, em posição normal, diante do Barueri.

"É uma coisa que desgasta. É um problema (das arbitragens) que não vai acabar nunca. Como falei antes, os critérios não são iguais. Notem como interpretam (as regras) de um jeito aqui e de outro lá", exemplifica o comandante, mais preocupado em reencontrar o ponto de equilíbrio do time que agora ocupa o 11º lugar - 11 pontos, a exemplo do Corinthians (décimo) - e na frente de três grandes, como Cruzeiro, São Paulo e Fluminense, além do Coritiba.

NO ENGENHÃO - O próximo desafio é o Fluminense, domingo, às 18h30, no Estádio João Havelange, o Engenhão, no Rio de Janeiro. Guedes aguarda o relatório do departamento médico para confirmar os titulares que hoje treinam contra os juniores no campo da Schimidt, em Mauá.

O ala-esquerdo Gustavo Nery (liberado, já participa dos trabalhos normais) será observado atentamente durante a semana. Caso esteja fisicamente bem, Guedes pode até utilizá-lo diante na cidade carioca. A presença de Cicinho (lesão na perna direita) ainda é uma incógnita. Dionísio é a primeira alternativa para continuar no setor. Antônio Flávio briga para ocupar uma das vagas no meio ou no ataque.