O prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior (PSDB), disse concordar com o posicionamento do presidente da Câmara, Pio Mielo (PMDB), que defendeu aproximação entre o partido e o Palácio da Cerâmica, dando fim à rivalidade que iniciou na eleição de 2012 e se repetiu no pleito do ano passado.

O tucano afirmou ver com “bons olhos” a aliança com peemedebistas e não descartou a possibilidade de discutir conceder espaço no governo ao partido do ex-prefeito e adversário Paulo Pinheiro. “Acho que (a aproximação com o PMDB) é um movimento de respeito, que precisa de crescimento. E isso só se faz com união. O processo eleitoral acabou em outubro do ano passado. Com certeza o partido será bem-vindo”, disse.

Sobre debater participação ao PMDB no governo, Auricchio desconversou, mas não negou a possibilidade de a sigla integrar a administração. “Esse não é o eixo central, mas passa por isso também. O principal ponto está no sentido de trazer desenvolvimento para a cidade, seja através de governabilidade ou de ocupação de espaço de governo. Tudo isso é democrático”, frisou.

O primeiro embate entre Auricchio e o PMDB ocorreu no pleito de 2012, quando Regina Maura Zetone (PSDB), atual secretária de Saúde do município e então candidata escolhida à sua sucessão, foi derrotada por Pinheiro. Quatro anos depois, Auricchio enfrentou o peemedebista, vencendo a disputa.

A rivalidade se estendeu até o início do ano, quando o PMDB impôs derrota ao governo do tucano e emplacou a vitória de Pio na eleição da presidência da Câmara. De lá para cá, a sigla compôs o chamado G-10 (grupo de parlamentares do PMDB, PR, PRB, PP e DEM), o que transformou a oposição em maioria e fez com que o governo segurasse o envio de projetos considerados estratégicos.

A aproximação se deu em maio, quando o PMDB desistiu de seguir com representação na Justiça Eleitoral que pedia a cassação de Auricchio por suposto abuso econômico e arrecadação ilegal na campanha.