Ex-prefeito de Ribeirão Pires, Saulo Benevides (PMDB) afirmou que mandou instalar o tomógrafo na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) 24 horas Santa Luzia porque o Hospital e Maternidade São Lucas não dispunha de estrutura necessária para acolher o equipamento. Ele também admitiu que não houve orientação nem conversou com o governo federal sobre o aparelho.

No domingo, o Diário mostrou que o governo de Adler Kiko Teixeira (PSB) decidiu transferir o tomógrafo da UPA para o Hospital São Lucas, sob argumento de que o maquinário teria de ficar num complexo hospitalar ou centro de diagnóstico, conforme determinação da União. Para isso, gastou R$ 188,9 mil entre transporte, remontagem e reforma de sala no São Lucas.

“O pessoal do Kiko fala coisa que não sabe ou que não tem nada a ver”, disparou Saulo. “Optamos por colocar lá e não no hospital para evitar custo com transporte (para as pessoas). Não queríamos que um paciente, necessitando de atendimento de urgência, tivesse de ir ao São Lucas, para usar o tomógrafo. O São Lucas era só maternidade. O atendimento tinha de ser exclusivo na UPA.”

O peemedebista rebateu também a declaração da secretária de Saúde, Patrícia de Freitas, que disse que o tomógrafo, adquirido por R$ 661 mil em 2014, nunca havia sido utilizado. Saulo garantiu que o aparelho esteve em funcionamento no fim de sua gestão, em 2016, mas que o uso era restrito.

“Por questões de custo, limitamos o uso do tomógrafo, das 8h às 17h (embora a UPA funcione 24 horas). Quem não se enquadrasse neste esquema (emergencial), a gente encaminhava para outro lugar, principalmente para o (Hospital Estadual) Mário Covas”, pontuou.

Por fim, Saulo criticou o gasto com o transporte do equipamento. “Vão pagar R$ 200 mil? Será que é por guincho São Tomé, que para a cidade inteira? Ou avião?”, indagou.