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Ex-petista de Diadema assume cargo de direção na Petrobras

Titular na gestão Filippi, Regina Miki foi
nomeada para gerenciar segurança interna

Por Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
06/12/2016 | 07:00
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Petista histórica em Diadema, com passagem destacada como titular de Defesa Social na administração de José de Filippi Júnior (PT, 2001-2008) e chefe da Senasp (Secretaria Nacional de Segurança Pública) no governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), Regina Miki assumiu ontem a gerência executiva de inteligência e segurança corporativa da Petrobras.

A função diretiva coloca Regina como responsável por comandar a segurança interna da estatal, que estava nas mãos do coronel José Olavo Coimbra de Castro, ex-diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência). O nome da ex-secretária executiva de Dilma foi confirmado após aprovação do Conselho de Administração e irá passar pelos processos de conformidades e regras dentro da Petrobras, segundo informações da assessoria de imprensa da empresa.

Conforme apuração do Diário, Regina não possui mais vínculo com Diadema há mais de cinco anos. Atualmente, reside no Rio de Janeiro. E embora seu nome ainda conste como filiada ao PT no site do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ela não está mais filiada a nenhum partido político, situação justamente que abriria espaço para chefiar cargo de confiança na ‘nova’ gestão da companhia.

Até o ano passado, Regina era colocada em discussões dentro do PT de Diadema para liderar projeto de candidatura ao Paço. Porém, ela já não participava dos encontros. O petismo acabou optando por lançar o vereador Manoel Eduardo Marinho, o Maninho, e não passou de um terceiro lugar na disputa, que acabou vencida pelo atual chefe do Executivo, Lauro Michels (PV).

Quando secretária de Filippi, Regina se destacou por liderar a implantação da Lei Seca, que restringiu o funcionamento dos bares do município até as 23h, iniciado em 2002. A medida trouxe resultados expressivos ao município nos índices de violência. O êxito levou Regina a ser primeira mulher a ocupar o comando da Senasp, ficando na função por cinco anos. Foi exonerada após queda de Dilma, em junho.

A efetivação de Regina causou repercussão no cenário político nacional por conta de sua ligação ao petismo. Foi durante o governo de Dilma que foram revelados inúmeros escândalos de corrupção em esquema operacionalizado pelo partido a partir da Operação Lava Jato, conduzida pela PF (Polícia Federal).

A série de denúncias resultou em prisões de políticos e ex-dirigentes da estatal, além da brutal queda de valor das ações. A Petrobras deixou a 12ª posição no ranking das maiores empresas do mundo em valor de mercado, lugar que ocupava em 2010. O último ranking, divulgado pelo jornal britânico Financial Times em março, mostra que a estatal perdeu 108 posições, sendo agora a 120ª maior empresa do mundo.

A estatal, hoje há seis meses sob gestão de Pedro Parente, está otimista em relação ao futuro, confiando na recuperação da imagem.

A ex-petista não foi localizada pelo Diário para comentar o assunto. 




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