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Ferrarezi retorna R$ 1,4 mi para fim da gestão Marinho

Valor é o menor entre as devoluções de Orçamento do Legislativo ao Executivo nas duas gestões petistas em S.Bernardo

Por Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
03/12/2016 | 07:00
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Marina Brandão/DGABC


O presidente do Legislativo de São Bernardo, José Luís Ferrarezi (PT), definiu com a mesa diretora que será devolvido R$ 1,4 milhão de recursos da Casa – do montante de R$ 69 milhões de repasse – para o governo do prefeito Luiz Marinho (PT), registrando a menor quantia entre os mandatos petistas à frente da Câmara.

No ano passado, o valor chegou a R$ 3 milhões, fatia considerada fundamental pela gestão de Marinho para ajudar a fechar as contas. Antes de Ferrarezi, a gestão foi de Tião Mateus (PT), que garantiu devolução de R$ 16,2 milhões aos cofres do Executivo no biênio de 2014 e 2015. Na ocasião, o fato gerou polêmica entre os vereadores e servidores público, principalmente porque Tião alegou falta de verba para contratar empresa especializada para auditar contrato da construção da sede da Câmara e para abrir concurso público de preenchimento de 70 vagas deficitárias no quadro de funcionários do Legislativo.

Conforme apuração do Diário, o recuo no retorno ao caixa do Executivo foi recebido com apreensão pelo núcleo duro de Marinho. Esperava-se por fatia mais representativa para garantir série de compromissos, como 13º salário, quitação de débitos com empresas terceirizadas e, principalmente, a rescisão de funcionários comissionados. Com a vitória de Orlando Morando (PSDB) na disputa pelo Paço, estima-se que ocorrerá a exoneração de 1.100 pessoas que hoje exercem cargo de confiança na gestão petista.

“Este ano foi diferente. Além da crise financeira, a Casa terá uma despesa muito grande com rescisões de assessores de vereadores, que não se reelegeram ou não concorreram para renovação dos mandatos. Antes, já havíamos tido outros gastos, como a reestrutução administrativa da Casa”, apontou Ferrarezi.

A renovação no quadro de vereadores no Legislativo de São Bernardo foi uma das maiores depois da eleição de outubro. Das 28 cadeiras, 12 foram modificadas. Cada parlamentar tem nomeado 11 assessores internos e externos, que correspondem à folha de pagamento da Câmara. Ou seja, 132 profissionais serão desligados do Parlamento.

Em junho, pressionado pelo TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) e pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado) a equiparar quadro de funcionários entre comissionados e efetivos, Ferrarezi elaborou projeto de lei que determinou redução de 13 para 11 o número de assessores apadrinhados nos 28 gabinetes parlamentares.

“Desde o ano passado, executamos uma série de medidas para o controle de gastos, o que ajudou bastante no fôlego financeiro. Agora, para este fim de ano, tem esse compromisso com as rescisões, que são representativos”, acrescentou o chefe do Legislativo, citando limitação no consumo de combustível nos carros oficiais e corte parcial nos gastos em materiais de escritório. 




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