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Adelson credita denúncia a motivações políticas

Trancados, vereadores aliviam para o socialista em depoimento

Por Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
14/02/2012 | 07:02
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O secretário de Segurança Alimentar de Diadema, Manoel José da Silva, o Adelson (PSB), afirmou ver fundo político nas denúncias de extorsão praticada por seus aliados na Pasta. Adelson prestou esclarecimento a portas fechadas ontem aos vereadores na Câmara e reiterou ser inocente das acusações de suposta prática de crime no setor.

 "É lógico que tem política no meio e vou descobrir quem é que provocou isso tudo", declarou Adelson, que preside o PSB de Diadema. "São politiqueiros que prestam um desserviço para a cidade", emendou. O socialista não descartou a possibilidade de as denúncias estarem ligadas a outros postulantes à vice na chapa do prefeito Mário Reali (PT). "É bastante possível que há gente grande por trás."

O suposto esquema de extorsão foi denunciado por ambulantes do bairro Serraria. Segundo eles, Manoel Antônio Ferreira Santos, o Tonny Telles (PSB), exigia, com anuência de Adelson, R$ 25 semanais para dar informações privilegiadas sobre a fiscalização da Prefeitura. Já o empresário Filipe dos Anjos, dono do comércio popular onde os comerciantes estão alocados, afirmou que Tonny e Frank Miller (PSB) - diretor de departamento de Segurança Alimentar e apadrinhado por Adelson - passaram cheques sem fundo e com assinaturas falsificadas como pagamento pelos boxes alugados.

Adelson foi convidado pela Casa para dar sua versão sobre o caso. A reunião contou com as presenças do presidente Laércio Soares (PCdoB) e dos vereadores Célio Boi (PSB), Vaguinho (PSB), José Dourado (PSDB), Cida Ferreira (PMDB), Marion Magali de Oliveira (PPL), João Merenda (PPS), Talabi Fahel (PR) e Milton Capel (PV). A imprensa não pôde acompanhar os questionamentos.

Laércio comentou que os esclarecimentos do secretário sanaram todas as dúvidas dos parlamentares e que não há desejo de abertura de investigação mais aprofundada das denúncias. "Há a sindicância aberta pelo prefeito, o Ministério Público e a polícia estão investigando também. Por ora, não há motivos para instaurar uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) na Casa."

Filipe dos Anjos esteve no Legislativo, mas não pôde assistir ao depoimento. O empresário entregou uma carta aos vereadores classificando o encontro a portas fechadas de "patuscada".




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